segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"Rabo de foguete"

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A edição desta semana da revista "IstoÉ" traz uma reportagem abordando as "brigas, influência política e gestão sem controle [que] ameaçam projeto da base espacial de Alcântara". Para acessá-la, clique sobre o título: "Rabo de foguete".
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7 comentários:

rondini disse...

Olá Mileski.
Tenho uma pergunta:
È possível de alguma forma "privatizar" a gestão do VLS? Veja o exemplo da ACS!Politicagem é pior que embargo ou sabotagem americana!
Voce acredita que se o PEB fosse gerido pela iniciativa privada ele finalmente "decolaria"?
Mudando de assunto...
Li em alguns sites argentinos que o tronador III será lançado em 2012. Será um engenho de aprox 20m, com capacidade para colocar satélites de até 200kg. O que chama a atenção é sua data de lançamento, o mesmo ano em que seria lançado o VLS.
ABS

Andre Mileski disse...

Olá, Rondini. No passado, chegou-se a discutir a possibilidade da transferência da industrialização e integração do VLS para a iniciativa privada, mas isto ainda não evoluiu (um primeiro passo a ser dado neste sentido seria a transferência do foguete VSB-30, que tem mercado, para a indústria, algo que está nos planos, mas que também ainda não aconteceu). De todo modo, isto não seria propriamente uma "privatização", uma vez que o lançador continuaria a ser contratado pelo IAE junto à iniciativa privada. O que acontece é que o VLS-1, como é hoje, não tem qualquer apelo comercial, logo, o interesse de grupos privados em assumir o projeto fica bastante prejudicado. Talvez, com um projeto mais viável comercialmente esta ideia de "privatização", no bom sentido, seja possível.
Em relação ao Tronador III, acho difícil que a Argentina faça um voo já em 2012. A intenção do país vizinho em desenvolver um pequeno lançador de satélites existe, mas nesta área a Argentina ainda precisa evoluir muito em praticamente todas as áreas. A Argentina até agora não construiu foguetes de sondagem de maior porte, como um VSB-30 ou VS-40, caminho natural para se chegar a um lançador de fato. Abraço. André.

Brazilian Space disse...

Bom dia Mileski!

Tire-me uma dúvida amigo, a OrionSpace Internacional que se falava em 2004 que seria formada por empresas russas e brasileiras e que sua sede seria instalada em Fortaleza foi a frente ou morreu no nascedouro?

Abs

Duda Falcão

Andre Mileski disse...

Olá, Duda. O projeto da Orion Space Ventures "morreu", assim como o da APSC, em Christmas Island, no qual foi inspirado. Na época, grosso modo, havia uma disputa de projetos entre o MCT e AEB, que defendiam o Cyclone, e o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica, que apoiavam a Orion Space Ventures. A ACS levou a melhor. Abs. André

Brazilian Space disse...

Valeu Mileski!

Forte abraço amigo.

Duda Falcão

Unknown disse...

Bom dia Mileski.

qual a realação entre o VLS e o Projeto da ACS? São Complementares?
Seria viavél abandonar o projeto VLS em favor do projeto ACS?

ABS.

Andre Mileski disse...

Olá, Orion. Não existe nenhuma relação direta entre os dois projetos (VLS e ACS). O projeto com a Ucrânia desde o início foi pensado como uma empreitada comercial, sem qualquer envolvimento em transferência ou desenvolvimento conjunto de tecnologia. Das últimas declarações dadas por Amaral, parece que a ideia de ter alguma cooperação tecnológica com a Ucrãnia pode evoluir. O Cyclone 4 e o VLS-1 são de classes distintas, sendo o lançador brasileiro muito menos capaz que o ucraniano (o VLS é um foguete de pequenos satélites para órbitas baixas, enquanto que o Cyclone 4 pode inserir em órbita satélites maiores - cerca de 5 ton. - em órbita baixa, ou satélite de cerca de 1,5 ton. em órbita de transferência geoestacionária). É uma opinião pessoal, mas não me parece interessante abandonar um programa de desenvolvimento de lançadores nacionais, seja o VLS ou algum outro que venha a substituí-lo, em favor da ACS.