quinta-feira, 31 de maio de 2012

ANA e AEB: MoU para microssatélite de coleta de dados


AEB e ANA assinam memorando de entendimento para estudar a viabilidade de desenvolvimento de um microssatélite

31-05-2012

O Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, e o Diretor Presidente Agência Nacional das Águas (ANA), Vicente de Andreu Gillo, assinaram ontem (30/05) um memorando de entendimento para iniciar estudo sobre a viabilidade de desenvolver um microssatélite para missão de coleta de dados hidrometeorológicos.

O equipamento terá como objetivo avaliar a compatibilidade e expansão do atual sistema de coleta de dados ambientais usados no Brasil. A ANA é a principal usuária deste sistema e depende dele para seus monitoramentos do volume de água e do balanço hidrológico dos reservatórios de água. No estudo de viabilidade estão inclusos o segmento espacial, o segmento solo e o lançador.

Para desenvolver o estudo técnico do projeto será formado, em até quinze dias a partir da assinatura do memorando, um grupo de trabalho composto por representantes das duas agências e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  A equipe será responsável por estabelecer cronogramas, necessidades de recursos financeiros e responsabilidades de cada parte signatária. O estudo deverá estar pronto em até quatro meses e será a primeira vez que a AEB estudará soluções para atender a demanda de outros órgãos governamentais.

Fonte: AEB

Comentários: a iniciativa entre a AEB e a ANA é bem interessante, por vários aspectos. Primeiro, é um claro indicativo do interesse em dar continuidade ao Sistema de Coleta de Dados (SCD), cuja origem remonta à Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), do final da década de setenta. Deve-se mencionar que os primeiros satélites construídos no Brasil foram justamente os SCDs, que continuam, aliás, em operação. O significado do ponto de vista de Política Espacial, na opinião do blog, é ainda mais relevante. Se a iniciativa for adiante, pode significar o desenvolvimento de um projeto espacial não apenas com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mas também de outros setores governamentais, usuários dos dados gerados. Essa "fonte de recursos", aliás, foi abordada no estudo sobre Política Espacial Brasileira elaborado pela Associação Aeroespacial Brasileira - AAB (clique aqui). Diga-se de passagem que outras iniciativas similares também estão em consideração, como satélites para aplicações no campo de defesa, tema que o blog abordará em breve.
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