segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Imagens do Resourcesat-1 em uso pelo INPE


Satélite indiano avalia seca em áreas do Nordeste

Segunda-feira, 06 de Agosto de 2012

Avaliar a extensão de fenômenos como estiagem é uma das principais aplicações do sensoriamento remoto por satélites. No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), imagens recentes e outras gravadas em meados de 2010 foram comparadas para mostrar os efeitos da seca em regiões do Ceará e da Bahia.

Foram utilizadas imagens do sensor LISS-3, a bordo do ResourceSat-1, satélite indiano cujos dados são recebidos no Brasil pelo INPE, que os distribui gratuitamente aos usuários pela internet: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/

Segundo os pesquisadores da Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE, as imagens mostram que a Bahia foi mais afetada pela estiagem do que o Ceará.

“Na Bahia, a imagem de julho de 2012 mostra que o verde praticamente feneceu e as águas superficiais sumiram, enquanto na imagem de 2010 a verdura é muito perceptível. Já no Ceará observa-se que os açudes não se alteraram significativamente na imagem de julho de 2012 em comparação a 2010”, comenta Paulo Roberto Martini.

Disponibilidade

O ResourceSat apresenta características muito semelhantes ao LandSat, programa pioneiro de sensoriamento remoto dos Estados Unidos que enfrenta problemas técnicos. Com o LandSat-5 em manutenção, as imagens do satélite indiano têm sido fundamentais para acompanhar as secas no Nordeste e outras transformações no território que dependem do sensoriamento remoto orbital.

O Brasil, através do INPE, possui um dos acervos de imagens de satélites mais antigos do mundo, pois recebe os dados LandSat desde 1973 por meio da estação localizada em Cuiabá (MT).

O INPE iniciou a recepção de dados do ResourceSat em setembro de 2009. Desde então, seu Centro de Dados de Sensoriamento Remoto (CDSR) já disponibilizou via catálogo online 25.892 cenas, sendo 5.133 do sensor AWIFS e  20.759 do LISS-3.

Agora, a expectativa é pelo lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-3, que deve melhorar muito a oferta de dados para estudos e monitoramento do meio ambiente.

Fonte: INPE

Comentário: para acessar as imagens produzidas pelo Resourcesat-1, clique aqui.
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