quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Coréia do Sul e Europa: notícias de lançadores


Coréia do Sul se junta ao clube espacial?

A Coréia do Sul realizou com sucesso nesta quarta-feira (30) o primeiro voo bem sucedido de seu foguete KSLV-1 (Korea Space Launch Vehicle), desenvolvido e fabricado com parcial tecnologia local, após duas tentativas mal-sucedidas em 2009 e 2010, levando a bordo o satélite científico STSAT-2C.

Muito embora seja considerado sul-coreano, o KSLV-1 tem um primeiro estágio de ordem russa, desenvolvido e construído pela companhia estatal Krunichev. Por este motivo, há certos questionamentos entre especialistas se o país asiático deve entrar para o restrito clube de potências espaciais com capacidade de colocar cargas úteis em órbita a partir de seu próprio território por meio de lançadores com tecnologias locais.

Na Europa, contratos para o desenvolvimento do Ariane 5 ME e Ariane 6

Em 30 de janeiro, a Astrium, do grupo europeu EADS, anunciou a assinatura de dois contratos com a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) para atuar como contratante principal no desenvolvimento dos lançadores Ariane 5 ME (Midlife Evolution) e Ariane 6, negócios avaliados em 108 milhões de euros. Os contratos se seguem às decisões do conselho de ministros da ESA em reunião realizada em Nápoles, na Itália, em novembro de 2012, e têm grande significado para a indústria de lançamentos, uma vez que dão indicativos de tendências.

A Astrium será responsável pela elaboração da definição inicial e estudos de viabilidade para o futuro lançador europeu Ariane 6. Esta fase de estudos, que deve levar cerca de seis meses, identificará o conceito e a arquitetura do Ariane 6, assim como suas principais especificações técnicas. De fato, o conceito inicial já está praticamente definido: o futuro lançador será modular, com capacidade de lançar em órbita de transferência geoestacionária cargas de 3 a 6,5 toneladas. Terá dois estágios sólidos e o estágio superior Vinci, desenvolvido pela Snecma, do grupo Safran. O orçamento alvo para cada missão do Ariane 6 é de 70 milhões de euros, e sua confiabilidade deverá ser comparável a do Ariane 5.

Juntamente com seus parceiros industriais, a Astrium também continuará o desenvolvimento do Ariane 5 ME, que ampliará a capacidade de satelitização do lançador, com o mesmo custo de operação, resultando uma redução de 20% do preço de lançamento por quilograma. A expectativa é que o primeiro lançamento da versão modernizada aconteça entre 2017 e 2018.
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