quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Início da série "Entrevistas"

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Desde a sua criação, há mais de cinco anos, o blog Panorama Espacial tem entrevistado com frequência autoridades e executivos de instituições e empresas atuantes no segmento espacial. Foram presidentes e diretores da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço, além de várias empresas nacionais e estrangeiras.

Esta semana, daremos início a uma série de entrevistas, que tem por objetivo atualizar os leitores sobre as principais iniciativas e perspectivas para o Programa Espacial.

O primeiro entrevistado foi Leonel Perondi, diretor do INPE desde maio de 2012. Feita por telefone na última sexta-feira, a entrevista abordou temas como o programa CBERS, o satélite Amazônia-1, política industrial, missão meteorológica, entre outros.

O material estará disponível para leitura até o final desta semana.
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Projeto MMM-1: UFSM e CCOMGEX serão parceiros

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O blog Panorama Espacial recebeu novas informações sobre novas instituições científicas tecnológicas (ICTs) parceiras do projeto do MMM-1, considerado o primeiro microssatélite brasileiro para aplicações militares. Estas se somam a outras indústrias, centros de pesquisa e universidades do estado, que se organizaram e deram origem ao Polo Espacial do Rio Grande do Sul.

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que já desenvolve alguns projetos na área de pequenos satélites (NANOSATC-BR, em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE), será uma parceira direta da AEL Sistemas, devendo atuar no desenvolvimento da plataforma como um todo, principalmente no suprimento de energia com soluções para ambiente espacial.

Outro parceiro será o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro (CCOMGEX), que acompanhará o desenvolvimento das unidades de telemetria e telecomando, das antenas e também trabalhará na definição da carga útil de comunicação e missão.

O CCOMGEX, que tem sede em Brasília (DF), é responsável por um dos principais programas do Exército na atualidade, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Seminário da Yuzhnoye em São José dos Campos

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Entre os dias 2 e 6 de dezembro, a estatal ucraniana Yuzhnoye SDO, atuante no setor espacial, promoverá no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP) o "Seminário sobre Desenvolvimento Industrial Espacial".

Contando com especialistas ucranianos, o seminário terá uma agenda extensa, abordando o desenvolvimento de veículos lançadores, complexos espaciais terrestres, motores, tecnologias de satélites (plataformas e cargas úteis), sistemas de foguetes para aplicações em defesa e operação com propelentes de foguetes.

A Yuzhnoye é uma das acionistas da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS) e também responsável pelo desenvolvimento do veículo lançador Cyclone 4. A empresa planeja instalar um escritório de representação do Parque Tecnológico de São José dos Campos.
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sábado, 26 de outubro de 2013

Semana de Engenharia Aeroespacial da UFMG

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Entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, acontece no auditório da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG), a II Semana Prof. Cláudio Barros de Engenharia Aeroespacial.

A segunda edição do evento marcará também a celebração dos 50 anos do Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA) da UFMG, e como parte da comemoração, será realizada uma exposição no Centro Cultural da universidade retratando a trajetória do CEA, assim como a figura do Prof. Cláudio Barros, seu idealizador e fundador. A abertura da exposição será no dia 28, às 14h00, e na ocasião haverá uma mesa redonda com várias pessoas que ajudaram a construir o CEA e contribuíram com o curso de Engenharia Mecânica com ênfase em Aeronáutica, atualmente curso de graduação em Engenharia Aeroespacial da UFMG.

Dentre as várias atividades programadas, haverá várias palestras e apresentações com temática espacial, como "Movimentos de Satélites Artificiais", "A tecnologia de CubeSats e seu desenvolvimento no Brasil", "Microespaço: microssatélites e microlançadores", entre outras.

Representantes de empresas como a Boeing, Embraer, Helibras, Saab, Omnisys e GE Celma, além de universidades, também farão apresentações.

Para mais informações sobre a programação, acesse http://www.aerocb.eng.ufmg.br/
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Satélite da Astrium para a DIRECTV Latin America




A companhia europeia Astrium anunciou hoje (24) a sua contratação pela DIRECTV Latin America, dos EUA, para a construção de um novo satélite de comunicações a ser colocado em órbita no início de 2016.

O satélite, baseado na bem sucedida família Eurostar E3000, contará com 60 transpônderes em banda Ku para transmissão de sinal de TV em alta definição por todo o Brasil.

"A DIRECTV está buscando estender seu forte relacionamento com a Astrium para o desenvolvimento de seus satélites críticos de alta potência de transmissão", afirmou em nota Phil Goswitz, vice-presidente sênior da divisão Space and Communications da DIRECTV. "O novo satélite nos permitirá continuar a tomar vantagem da tremenda oportunidade para crescimento no Brasil."

Este novo contrato é mais um sinal sobre o bom momento por que passa o setor de comunicações via satélite na América Latina. Nos últimos meses, foram várias as notícias sobre novos satélites contratados ou colocados em órbita para operadores como a SES, Eutelsat, Hispasat e Star One.
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Cooperação Brasil - Áustria

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Delegação austríaca visita o INPE

Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013

Delegação da Estíria, estado da Áustria, esteve no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), nesta quarta-feira (23/10). O secretário de Economia da Estíria, Christian Buchmann, acompanhado por um grupo de políticos, empresários e especialistas austríacos, foi recebido pelo diretor Leonel Perondi, pesquisadores e assessores da área de cooperação internacional do instituto.

Após visita ao Laboratório de Integração e Testes (LIT), a delegação austríaca teve a oportunidade de conhecer resultados de estudos do INPE na área climática. No auditório do IAI, uma palestra sobre o projeto Amazalert foi realizada por Celso von Randow, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CST) do INPE.

O Amazalert é uma cooperação científica que envolve instituições de vários países, como o INPE e o Joanneum Research, um instituto de pesquisa localizado na Estíria. O projeto busca entender como mudanças globais e regionais no clima e uso da terra irão impactar a Amazônia e suas florestas, agricultura, hidrologia e população.

A visita ao INPE teve ainda como objetivo abrir novas oportunidades de cooperações científicas entre o Brasil e a Áustria.

Fonte: INPE
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Omnisys: "De mísseis a radares" [e também espaço]

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O mais recente número da revista "Pesquisa FAPESP", editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) conta com uma reportagem sobre a empresa Omnisys, de São Bernardo do Campo (SP), sob o ângulo de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). A Omnisys é a plataforma industrial do grupo francês Thales, que atua nos mercados de defesa, segurança, aeroespacial e de transportes nos setores, no Brasil.

O artigo traz uma interessante abordagem sobre a empresa e suas atividades, destacando os projetos em inovação nos setores aeroespacial e de defesa que contam com subvenção da FAPESP e também da FINEP, do governo federal. Da área espacial, são citados os projetos do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS, sigla em inglês) e de radares de rastreio e telemetria de centros de lançamento no Brasil (Alcântara e Barreira do Inferno) e em Kourou, na Guiana Francesa (a empresa foi selecionada para a modernização de dois radares operados pelo centro guianês). Segundo a reportagem, a Omnisys investe cerca de 20% de sua receita em P&D.

A Omnisys, aliás, deve ser uma das empresas mais beneficiadas no processo de transferência de tecnologia associado ao projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que será construído pela Thales Alenia Space (joint-venture entre a Thales (67%) e o grupo italiano Finmeccanica (33%)).

Para acessar a reportagem em sua íntegra, clique sobre o título "De mísseis a radares".

terça-feira, 22 de outubro de 2013

CBERS 3 na base de lançamento


CBERS-3 é levado para base de lançamento chinesa

Terça-feira, 22 de Outubro de 2013

O CBERS-3, quarto satélite da parceria entre Brasil e China, foi transportado do centro espacial de Beijing para a base de lançamento de Taiyuan (TSLC) no dia 18 de outubro. O Programa CBERS (sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) no Brasil é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e na China, pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST). O lançamento do CBERS-3 está previsto para a primeira quinzena de dezembro.

"O transporte foi realizado por trem e a viagem durou aproximadamente 15 horas. No centro técnico do TSLC os especialistas do INPE e da CAST farão a integração dos módulos de serviço e de carga útil do satélite, que serão submetidos novamente a testes elétricos para verificar se não houve danos durante o transporte. Em seguida serão realizadas as atividades de preparação final do satélite e a instalação do painel solar. Ao término destas atividades será realizada a Revisão de Prontidão do Satélite (SRR), que autoriza o enchimento dos tanques de combustível do satélite", explica Antonio Carlos de Oliveira Pereira Junior, engenheiro do INPE.

Após as atividades de SRR, o satélite será transferido para a torre de lançamento e acoplado ao foguete Longa Marcha-4 para a realização dos testes de pré-lançamento.

Fonte: INPE, com edição do blog..
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Reportagem sobre a Alcântara Cyclone Space

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Relembrando os 10 anos da assinatura do tratado que deu origem ao projeto da Alcântara Cyclone Space (ACS), em 21 de outubro de 2003, o website Terra preparou uma extensa reportagem com um panorama da parceria espacial entre os dois países. O blog Panorama Espacial, na pessoa de seu editor, André M. Mileski, contribuiu com a reportagem dando algumas declarações.

Em breve, publicaremos no blog algumas análises sobre os principais mercados em que a ACS pretende atuar (um esboço em menor escala da análise pode ser lido em "Notícias da ACS e do Cyclone 4", postada em setembro), dando especial destaque à ascensão dos satélites geoestacionárias de propulsão elétrica e o segmento de satélites de órbita baixa.

A reportagem do Terra, em sua íntegra, está reproduzida abaixo:

Parceria entre Brasil e Ucrânia para lançar foguetes enfrenta atraso

21 de Outubro de 2013•08h01

Acordo dos países para lançar comercialmente foguetes de Alcântara (MA) tem sido contestado; primeiro voo está previsto para ocorrer em 2015

Dez anos depois, o projeto da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS) ainda não decolou. Assinado em 21 de outubro de 2003, o acordo de cooperação a longo prazo entre Brasil e Ucrânia apresenta não apenas atraso no cronograma divulgado inicialmente, mas também elevação dos custos previstos e ceticismo quanto a seu modelo de ingresso no mercado internacional de lançamentos espaciais.

É difícil encontrar, no mundo, local melhor para uma base de lançamentos espaciais do que o município de Alcântara, no Maranhão. Como fica a apenas 2° ao sul da Linha do Equador – onde a velocidade de rotação da Terra é maior e, assim, o impulso natural para o voo do foguete também – oferece a possibilidade de realizar lançamentos para qualquer direção a partir de um único ponto. A economia de combustível é bastante significativa em comparação a outros centros de lançamento (com condições mais próximas há o de Kourou, na Guiana Francesa, 5° ao norte do Equador, utilizada pelas agências espaciais europeia e francesa, além da companhia Arianespace SA, da França).

Além disso, Alcântara é privilegiada com um vasto oceano à sua frente, o que diminui o valor do seguro, já que não há risco de o nariz do foguete, ejetado antes de atingir o espaço, cair em regiões habitadas. “Outra vantagem é a possibilidade de voos todo ano, sem estações preferenciais. Alcântara oferece todas as condições para um lançamento seguro”, garante José Monserrat Filho, chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB).

A localização geográfica é, portanto, o que o Brasil oferece de mais valioso. Da parte ucraniana, a contribuição é a tecnologia da família Cyclone. Em Alcântara, deverá ser lançado o Cyclone-4, sucessor do Cyclone-3, um bem sucedido foguete que funcionou de 1977 a 2009. Apesar de ser elogiado pela sua eficiência, o foguete ucraniano foi aposentado nos lançamentos espaciais europeus por utilizar como combustível propelentes hipergólicos, de alto potencial tóxico. No Cyclone-4, os combustíveis são tetróxido de nitrogênio e dimetil hidrazina, classificados pela União Europeia como altamente tóxicos e perigosos ao meio ambiente.

Meio ambiente

O possível dano ambiental causado pelo foguete é um dos pontos que motivou a criação de um abaixo-assinado propondo mudanças no acordo ou o seu destrato. O criador, Duda Falcão, que mantém o blog Brazilian Space, sugere que, além da utilização de propelentes menos danosos ao meio ambiente, a ACS seja transformada em uma empresa de capital misto (público e privado), com poder de veto a ambos países; que o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e universidades parceiras participem no desenvolvimento do novo sistema de propulsão; que sejam criados mais convênios entre os dois países, com intercâmbios universitários e profissionais; e a ratificação de um acordo de salvaguardas tecnológicas com o governo norte-americano.

Retorno financeiro

André Mileski, editor do blog Panorama Espacial e editor-adjunto da revista Tecnologia & Defesa, é outro crítico do acordo nos moldes atuais. Ele defende a exploração comercial de Alcântara, mas sua opinião é de que o grande investimento do governo brasileiro na Alcântara Cyclone Space não terá o retorno desejado. “O problema é que a ACS, como foi criada, hoje acaba retirando recursos de outros projetos do Programa Espacial Brasileiro. Isto é, o orçamento está tendo que pagar uma iniciativa comercial que jamais vai se pagar”, opina.

Para ser competitivo em relação às demais alternativas, segundo Mileski, o preço de uma missão com o Cyclone-4 teria de ser incrivelmente baixo, o que não compensaria o dinheiro investido. Ele vê o foguete como grande demais para a maior parte dos satélites que integram o plano espacial brasileiro e pequeno demais para missões mais específicas. “Para compensar, a ACS diz que o foguete poderá lançar mais de um satélite em uma missão. Mas primeiro precisa encontrar outros passageiros, e para isso o preço tem que ser muito competitivo, algo muito abaixo de US$ 50 milhões, pois atualmente há opções mais confiáveis e baratas na China e Rússia.”

Conflito entre projetos

Monserrat, da AEB, não vê o Cyclone-4 como conflitante em relação a outros projetos como o Veículo Lançador de Satélites (VLS), projeto de desenvolvimento de um foguete brasileiro. “A base do projeto Cyclone não é cientifica nem de transferência de tecnologia, mas sim comercial. As duas partes chegaram à conclusão de que se você utilizar o Cyclone-4, que vem de uma família muito eficiente, a partir de uma base como Alcântara, essa é uma forma de entrar no mercado comercial de lançamentos de maneira segura, econômica e competitiva”, garante. Já o VLS engloba o desenvolvimento de toda a tecnologia exigida para um lançamento. “É fruto ainda do primeiro programa espacial brasileiro. Inclui o foguete VLS-1 e quatro satélites, dois por funcionamento remoto. É uma missão composta por todas as atividades necessárias para uma missão espacial”, conclui.

Nas duas primeiras tentativas de lançamento, em 1997 e 1999, falhas exigiram que o comando acionasse a autodestruição do VLS-1 logo após iniciar o voo. Na terceira tentativa, em 2003, uma ignição prematura fez com que o foguete explodisse dias antes do lançamento, matando 21 técnicos que estavam na plataforma. O projeto foi reestruturado, passando a contar com consultoria russa, e o próximo lançamento do foguete, na sua quarta versão, está previsto para meados de 2014, embora ainda não conte com os recursos necessários e sofra de sucessivos atrasos no cronograma .

Paralisações

De acordo com Sergiy Guchenkov, diretor comercial da Alcântara Cyclone Space, o projeto é desenvolvido em três frentes. De responsabilidade total da Ucrânia é o foguete Cyclone-4, o qual, segundo Guchenkov, está 78% pronto. De responsabilidade da empresa, está a construção do sítio de lançamento, cujas obras civis encontram-se 48% acabadas. Da parte do Brasil, está a infraestrutura geral do Centro de Lançamento de Alcântara.

Cronograma

Esses números não correspondem à previsão original. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente na época em que o acordo foi firmado, esperava ver o primeiro lançamento do Cyclone-4 ainda como chefe do executivo – o prazo inicial para o voo era até o final de 2010. Imprevistos e percalços orçamentários fizeram com que as obras paralisassem em alguns momentos. Entre 2008 e 2009, o impasse ficou por conta de uma disputa judicial entre a ACS, que pretendia transformar toda a península de Alcântara em um parque tecnológico, e comunidades quilombolas, representadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que reivindicaram parte da área. A empresa binacional teve de abrir mão desse território. “Houve também dificuldade para conseguir uma licença para iniciar as obras, porque a região faz parte da Amazônia Legal, com regras muito rígidas”, completa Guchenkov.

Mais recentemente, as paralisações ocorreram em decorrência de atraso no envio de recursos e em homologações. “Existe o compromisso dos dois países de fornecer recursos financeiros, e, devido a burocracias, às vezes o dinheiro atrasa. Tudo isso impactou de maneira bastante considerável”, explica o diretor comercial da ACS. Segundo ele, o prazo oficial de lançamento do foguete, para o final de 2014, é bastante otimista. “O prazo mais provável é que o Cyclone-4 seja lançado em 2015, já em caráter comercial. Temos dois contratos, com uma empresa japonesa e uma italiana, para esse primeiro voo. O foguete já tem uma história e deve levar ao espaço muitos satélites”, conta Guchenkov.

Investimento

Ainda segundo informações de Sergiy Guchenkov, cada país já investiu mais de US$ 200 milhões na ACS. Em meados deste ano, a assembleia geral da empresa resolveu aumentar o capital de US$ 487 milhões para US$ 918 milhões – injeção monetária que será dividida igualitariamente entre Brasil e Ucrânia. Motivo suficiente para deixar André Mileski ainda mais cético quanto ao retorno financeiro. “As margens de lucro de cada missão de lançamento são muito pequenas, na casa de um dígito, então você pode imaginar quantos lançamentos seriam necessários para ter algum retorno. Eu acompanho esse projeto há mais de dez anos e lembro-me bem que, no início da década de 2000, falava-se em um investimento de US$ 180 milhões”, recorda.

Fonte: Portal Terra Brasil.
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tecnologia & Defesa n.º 134

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Já está nas bancas de todo o Brasil o número 134 da revista Tecnologia & Defesa, que dentre os vários assuntos abordados, traz, como de costume, textos tratando da área espacial. Destacamos abaixo os principais conteúdos:

- Brigada de Infantaria Paraquedista operando na Amazônia
- Entrevista com o general De Nardi, do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas
- Brasil: Engenharia Militar de Construção
- A FINEP nos setores aeroespacial, de defesa e segurança
- Reportagem sobre o projeto MMM
- Artigo sobre pequenas plataformas espaciais para aplicações em defesa
- Chile e seus blindados Leopard 2A4 CHL
- O regresso do submarino Tapajó, em missão nos EUA
- 97 anos da Aviação Naval da Marinha do Brasil
- Perfil da empresa CAE, referencial em simulação
- Ensaio fotográfico: Um dia na Base Aérea de Manaus
- Coluna Defesa & Negócios
- E muito mais!
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sábado, 19 de outubro de 2013

Estação chinesa na Argentina

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No final desta semana, a imprensa local argentina deu destaque ao início das obras de construção de uma estação terrena chinesa no sul do país, em Bajada del Agrio, na província de Neuquén, projeto que demandará um investimento de 300 milhões de pesos nos próximos anos. A antena deverá entrar em operação até o final de 2015.

A estação faz parte dos planos chineses de exploração interplanetária e foi viabilizada por meio de um acordo firmado entre a Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE) e a Agência Chinesa de Lançamento e Controle de Satélites (CLTC, sigla em inglês) em julho do ano passado. Como contrapartida à cessão da área para a construção da antena e de toda a infraestrutura para a sua operação por um período de 50 anos, o governo argentino terá direito à utilização de 10% da capacidade da estação.

Em dezembro de 2012, uma outra estação terrena, construída pela Agência Espacial Europeia e destinada a estudos de espaço profundo, foi inaugurada em Malargüe, na província de Mendoza.
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Engenharia espacial na UFSM

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Universidade do Sul pede apoio da AEB para abertura de curso superior

Brasília 16 de Outubro – O prefeito da cidade gaúcha de Santa Maria, Cesar Schirmer, e representantes da universidade federal da cidade (UFSM) visitaram a Agência Espacial Brasileira (AEB), nesta terça-feira (15). Na oportunidade eles pediram o apoio da instituição para fortalecer e impulsionar o projeto de abertura do curso de Engenharia Espacial na universidade.

Hoje, o país tem seis cursos de engenharia aeroespacial, todos criados nos últimos seis anos. Em 2011, o reitor da UFSM enviou o projeto para a implementação do curso ao Ministério da Educação (MEC) e desde então espera pela avaliação.

“A cooperação da AEB é de extrema importância, pois a abertura do curso contribuirá, nos próximos anos, para atender as demandas de profissionais especializados para trabalhar na área espacial e no segundo polo aeroespacial do país, localizado no Rio Grande do Sul”, explica o diretor do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria, Renato Machado.

A implantação do polo espacial no Rio Grande do Sul começou a ser colocada em prática a partir da assinatura do protocolo de intenções entre o governo estadual e a empresa AEL Systems, de Israel. O acordo visa a auxiliar o país no desafio de se tornar menos dependente de tecnologias estrangeiras.

“Investimentos como da UFSM atendem as finalidades do Programa Espacial Brasileiro. O projeto procura despertar novos interesses e criar novas oportunidades que impulsionam as atividades especiais, por isso vamos nos mobilizar e apoiar a iniciativa da universidade”, afirma o diretor de satélites da AEB, Carlos Gurgel Veras.

A AEB recebeu dos visitantes convite para conhecer as instalações e os laboratórios da universidade bem como para também participar da inauguração do Santa Maria Tecnoparque, em dezembro próximo.

Fonte: AEB
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

"Sinais de guerra fria no ar", artigo de José Monserrat Filho

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Sinais de guerra fria no ar

José Monserrat Filho *

A 2ª Conferência Científica de Kepler será realizada no Centro de Pesquisa Ames da NASA, na Califórnia, EUA, de 4 a 8 de novembro próximo. Vai discutir temas atuais da astronomia: estatísticas dos exoplanetas; planetas análogos à Terra, planetas ligados a sistemas estelares múltiplos; zonas habitáveis; caracterização de trânsitos planetários; atividade estelar, rotação, idades e metalicidade; estrelas binárias eclipsantes e binárias em interação; futuros telescópios e instrumentação para pesquisas de exoplanetas; sismologia estelar; astrofísica galáctica e extra galáctica. Para saber mais, visite o site .

O Centro Ames, sediado na Califórnia, foi fundado em 1939 como centro de pesquisas aeronáuticas, certamente devido à importância que a aviação começava a ter na época e à II Guerra Mundial que logo eclodiria. Após a criação da NASA em 1958, passou a pesquisar novas tecnologias destinadas a viabilizar suas missões. Essas tecnologias incluiam biologia espacial, nanotecnologia, biotecnologia, sistemas de proteção a calor para naves espaciais, tecnologia da informação e astrobiologia – áreas essenciais à corrida espacial que se iniciava.

De lá para cá, a astronomia, com base na cooperação e no trabalho conjunto de equipes internacionais, deu um salto sem precedentes. Hoje, astrônomos de inúmeros países exploram juntos o espaço profundo, com descobertas cada vez mais fantásticas. As Conferências Kepler se inserem nesse novo tempo de conquistas e avanços impressionantes.

Isso significa que todos os astrônomos do mundo têm acesso à 2ª Conferência Kepler, certo? Lamentavelmente, não. Os chineses não poderão participar do evento.

Segundo a France Press, a decisão teria sido tomada com base na lei federal dos EUA, sancionada em 2011, que não permite o emprego de recursos financeiros da NASA em ações bilaterais com a China ou empresas chinesas, ou para receber visitantes chineses em instalações pertencentes ou utilizadas pela NASA.

Na Câmara de Representantes, o congressista Frank Wolf, presidente do Subcomitê do Comércio, Justiça, Ciência e suas agências, tentou melhorar a situação. Explicou que a restrição criada pela lei de 2011 é bilateral e não multilateral. Ou seja, não veda a participação individual de cidadãos chineses, a menos que representem o seu governo – o que não é o caso.

Ocorre que o administrador da NASA, Charles Bolden, declarou ao depor na mencionada subcomissão, em 20 de março passado, que adotou uma moratória no financiamento a qualquer acesso a instalações da NASA de indivíduos de um grupo especial de países, nomeadamente China, Birmânia, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Sudão e Usbequistão. A China foi igualada à Coreia do Norte, à Eritreia e ao Sudão. Por que um gesto tão exagerado e inamistoso?

Mas a porta-voz da Chancelaria chinesa não emitiu nenhum protesto. Apenas definiu o veto aos chineses como “ação discriminatória” que “tem encontrado oposição nos EUA”. E acrescentou, diplomaticamente: “Pensamos que eventos acadêmicos não deveriam ser politizados”.

Nos EUA, de fato, houve reações duras. Alan Boss, do Instituto Carnegie para a Ciência, com sede em Washington, e co-presidente da 2ª Conferência Kepler, afirmou em nota: “Nós consideramos deploráveis as consequências dessa lei e nos opomos fortemente à proibição contra nossos colegas chineses, ou de qualquer outro país. Estamos buscando outras opções, que permitam a participação de todos os cientistas interessados, pessoal ou remotamente.”

A revista inglesa “The Economist”, de 12 de outubro, relata: “Indignados, muitos astrônomos americanos proeminentes – inclusive Geoff Marcy, da Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA, um dos pioneiros da pesquisa sobre exoplanetas, e Debra Fisher, da Universidade de Yale, EUA, que ajudou a descobrir o primeiro sistema com mais de um planeta, fora do sistema solar – anunciaram que vão boicotar a conferência, em sinal de protesto”.

“The Economist” disse ainda que, se o veto aos chineses se deve ao medo de espionagem, “é difícil imaginar quais segredos os supostos espiões seriam capazes de roubar em uma conferência dedicada a planetas alienígenas. Serão discutidos dados coletados pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, já disponíveis gratuitamente para quem quiser, chinês ou seja lá quem for”.

Como resolver, com tranquilidade, essa crise difícil de explicar? Chris Lintott, astrônomo da Universidade de Oxford, EUA, sugere transferir a conferência para um local neutro, fora da NASA. Mas, faltando tão pouco tempo para o evento, a mudança parece inviável.

Pena, pois, como prevê “The Economist”, “se os chineses estiverem ausentes e se, de fato, alguns dos luminares da área ficarem de fora, o clima será pesado”. Tipo clima de guerra fria.

Numa época de tantos e tão graves desafios globais, inclusive para assegurar a sustentabilidade a longo prazo das atividades espaciais indispensáveis à evolução humana, essa atmosfera não pode, em sã consciência, interessar nem a americanos, nem a chineses, cujas responsabilidades, hoje, vão além das de muitos outros povos.

Aliás, ela não pode interessar a ninguém.

* Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB), Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA), Diretor Honorário do Instituto Internacional de Direito Espacial e Membro pleno da Academia Internacional de Aeronáutica.
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Inova Aerodefesa: demanda de R$10 bilhões

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Demanda contida nos Planos de Negócio do Inova Aerodefesa chega a R$ 10 bi

14/10/2013

A demanda qualificada do Inova Aerodefesa (proveniente dos Planos de Negócio recebidos) atingiu R$ 10 bi – valor 3,4 vezes maior do que os recursos disponíveis no edital. Ao todo, foram 98 Planos de Negócios e 70 empresas líderes (cada líder poderia mandar até quatro Planos de Negócio). O prazo para preenchimento eletrônicos dos formulários se encerrou em 10 de outubro. Neste momento, a equipe que cuida do Programa está executando a análise dos Planos, cujo resultado preliminar (antes dos recursos) está previsto para 02 de dezembro.

Cada projeto receberá o total de até 90% do financiamento, sendo os 10% restantes contrapartida obrigatória das instituições qualificadas. A finalidade do edital é selecionar Planos de Negócios de empresas brasileiras que contemplem projetos de inovação nas quatro linhas temáticas: Aeroespacial, Defesa, Segurança e Materiais Especiais.

A ideia é incentivar o adensamento de toda a cadeia produtiva destes setores, considerados estratégicos dentro do Plano Inova Empresa, do Governo Federal.

O Programa Inova Aerodefesa está sendo conduzido pelo Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança, lotado na Superintendência Regional de São Paulo. Contatos com relação a este programa devem ser direcionados para o e-mail cp_inova_aerodefesa@finep.gov.br.

Fonte: Finep
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AEB: oportunidades comerciais na China

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Indústria aeroespacial analisa oportunidades no mercado externo

Brasília 15 de Outubro de 2013 - O Brasil recebe um tratamento especial da China no que tange à cooperação na área espacial, segundo afirmação do governo daquele país. Como os chineses veem expandindo seus negócios no setor com diversas nações essa também é uma oportunidade para as indústrias aeroespaciais brasileiras ampliarem seus negócios e ofertas de serviços.

Esse foi um dos tópicos da pauta do encontro entre diretores da Agência Espacial Brasileira (AEB) e representantes de 14 empresas do segmento aeroespacial nesta segunda-feira (14), em Brasília (DF). Os empresários, ligados a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), foram incentivados a usufruírem mais do programa Ciência sem Fronteiras Espacial e também aproveitarem o conhecimento qualificado que o mercado passa a receber com o retorno ao país de pessoas que se qualificaram no exterior.

O presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, falou sobre as negociações entre Brasil e China envolvendo a cooperação espacial nos próximos dez anos. “Essa ampliação de atividades com os chineses também é uma janela de oportunidades que a indústria nacional não pode desprezar”, alertou. Em sua opinião, as empresas brasileiras devem buscar conhecer a atual diversificação de produtos e serviços promovida por diversas empresas chinesas do segmento aeroespacial.

Nesse sentido o presidente convidou os empresários a se integrarem à comitiva da AEB, que acompanhará o lançamento do satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto (Cbers-3), em dezembro próximo, na China. Na oportunidade, eles poderão visitar empresas em Shangai, conhecer seus processos de modernização e estabelecer contatos para futuras plataformas de negócios.

Os representantes das empresas ainda foram informados sobre outra modalidade de bolsa que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança no início de 2014. Trata-se da bolsa de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, que visa a aprimorar em estágios no exterior profissionais que já tenham qualificação considerada avançada. O diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Carlos Alberto Gurgel, disse que há uma cota dessas bolsas reservadas para a AEB, “portanto os empresários não devem perder esse benefício”.

Fonte: AEB

Comentário do blog: apesar da janela de oportunidades de negócios com a China não poder ser "desprezada", segundo disse o presidente da AEB, um aspecto que deve ser cautelosamente analisado por qualquer indústria espacial que busque negócios na China é o risco de se bloquear outros mercados por conta da regulação ITAR (International Traffic in Arms Regulations), dos EUA. Ainda que a ITAR tenha sido recentemente flexibilizada, ainda há grandes restrições em relação a exportação de tecnologias para a China ou países que tenham negócios com os chineses. Diversas indústrias nacionais participantes do programa CBERS enfrentaram problemas com a importação de tecnologia, equipamentos ou componentes de origem norte-americana, ainda que não destinados ao programa do satélite sino-brasileiro.
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Telebras e balões para comunicações

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Balões levarão internet a áreas remotas

13 de outubro de 2013
Por Murilo Roncolato

Projeto foi feito com tecnologia nacional após parceria entre Telebrás e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que agora trabalham com cronograma que prevê os primeiros testes para novembro e aplicação dos modelos para o mercado até 2015

SÃO PAULO – Na última semana, quando representantes da Google aterrisaram em Brasília para apresentar o projeto da empresa de usar balões para levar sinal de internet e telefonia a regiões isoladas do País, eles não sabiam, mas o assunto não era novidade. Em maio, o governo brasileiro acatou proposta formulada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), especialista em balões, e da Telebrás, responsável pela estrutura de internet no Brasil, de fazer exatamente o mesmo. Desde então, sem alarde, o governo contatou empresas brasileiras da área e já agendou o primeiro teste de transmissão de dados para o início de novembro.

“Usaremos um protótipo feito pela Altave, uma empresa de São Jose dos Campos”, disse o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. “Vamos usar equipamentos ‘de prateleira’, ou seja, teremos que nos adaptar ao que vier. Depois, vamos definir os parceiros que farão um modelo nosso, adequado para o que queremos.” Sem se referir ao Google, Bonilha disse que o governo costuma “privilegiar” empresas nacionais e que evitam ao máximo importar equipamentos de eletrônica (“pesa na nossa balança comercial”), mas defendeu a plena competição, a fim de se chegar a um produto de melhor qualidade.

Independentemente de qual fabricante for escolhido, a intenção de levar conexão à áreas rurais distantes dos grandes centros é muito bem vista pelo governo. “O custo é muito menor do que o de uma torre de transmissão. A instalação é mais fácil e o alcance é maior”, disse o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (Minicom), Maximiliano Martinhão. Em geral, torres usadas em telecomunicações chegam a até 70 m de altura; já os balões podem ser içados até uma altura de 300 m e de lá cobrir áreas dentro de um raio de quase 100 km. “Poucas estruturas dessas cobrem uma área rural ampla, sem grandes gastos e de forma ágil”, pontua.

Pelo cronograma do governo, os testes serão realizados nos dias 12 e 13 de novembro, em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, onde o INPE possui uma unidade específica de balões. Lá, um balão ora fixado na terra, ora ancorado em um automóvel em movimento, emite sinal de internet para a prefeitura local e para uma escola.

A fabricante do balão deste projeto é também a Altave, startup formada há dois anos por dois engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Um deles, Bruno Avena de Azevedo, fez mestrado em um dos laboratórios da NASA e aprofundou suas pesquisas com balões para exploração planetária. Os sistemas da empresa equipados com câmera já foram utilizados pela Polícia Militar carioca durante o Carnaval e a Copa das Confederações.

“Trabalhamos experimentalmente com gás hidrogênio e estudamos formas de alimentar o balão por mais tempo. Hoje, a carga dura uma semana”, contou Azevedo. “Por isso, recebemos financiamento da Fapesp para pesquisar formas de prolongar esse período em áreas de zonas remotas e pretendemos aplicá-las assim que concluirmos o projeto, provavelmente daqui a um ano.”

Segundo Azevedo, o projeto já é viável hoje. Sua empresa chegou a fazer testes simulando a oferta de serviços de telecomunicações a partir de balões em caso de grandes desastres. “Isso já está maduro, mas depende do Ministério definir o que exatamente vai querer”, diz.

Após a realização dos testes, as etapas seguintes para o governo serão definir o modelo mais adequado, as empresas participantes que desenvolverão o protótipo “pré-industrial” (provavelmente até 2014) e, caso seja aprovado, o desenvolvimento do produto final para o mercado (em 2015). “Vamos fazer essa apresentação piloto e ver se a ideia realmente é válida. Depois, faremos pilotos mais completos, em geografias diferentes. Se tivermos sucesso, montaremos uma política para balões no Brasil”, garantiu Martinhão.

“O balão vai ampliar a área de cobertura a partir de onde conseguimos chegar com rede terrestre, como as regiões de fronteira”, diz Bonilha. “O que faltar, atenderemos com satélite. O objetivo é cobrir o Brasil todo e estamos bem próximos.”

Fonte: "O Estado de S. Paulo".

Comentário do blog: além da Altave, existem ao menos outras duas empresas brasileiras que oferecem soluções nas áreas aeroespacial, de defesa e segurança pública envolvendo balões: a Ares Aeroespacial (pertencente ao grupo israelense Elbit Systems), e a Airship (grupo Engevix). O uso de balões para cobertura para transmissão e retransmissão de dados pode vir a complementar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), sob a responsabilidade da Telebras. Ainda, as forças armadas têm considerado aeróestatos em missões de vigilância de fronteiras (Sisfron) e de áreas marítimas (SisGAAz), entre outras. 
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domingo, 13 de outubro de 2013

Seminário de Sistemas Espaciais no RS

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Nos dias 29 e 30 de outubro, será realizada na sede da AEL Sistemas, em Porto Alegre (RS), o "Seminário de Sistemas Espaciais", que contará com a participação de Vladislav A. Solovey, antigo engenheiro do programa lunar soviético.

O seminário, que será ministrado em inglês, terá duas apresentações: no dia 29, uma sobre metodologia de adaptação de pequenos satélites para lançamentos orbitais; e no dia 30, um panorama sobre a Alcântara Cyclone Space, que explorará seus aspectos legais, o veículo lançador Cyclone 4 e o sítio de lançamento em Alcântara, entre outros.

Presente no segmento espacial há ao menos duas décadas, a AEL Sistemas tem buscado ampliar sua atuação na área, participando do Polo Espacial do Rio Grande do Sul e liderando o projeto do Microssatélite Militar Multimissão (MMM), dentre outras ações.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Vídeo: acompanhando uma operação no CLA

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O programa "FAB em Ação", da comunicação social da Força Aérea Brasileira, acompanhou uma operação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, mostrando a rotina de uma missão desde sua preparação até a contagem para a realização do disparo. Vejam o vídeo abaixo, com duração de pouco mais de dez minutos.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

V WERICE Aeroespacial 2013

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Entre os dias 21 e 23 de outubro, acontece em São José dos Campos (SP), no Parque Tecnológico Univap, o V WERICE Aeroespacial 2013 - Workshop sobre os Efeitos das Radiações Ionizantes em Componentes Eletrônicos e Fotônicos de Uso Aeroespacial, promovido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O evento, já em sua quinta edição, deverá reunir representantes de empresas do setor, além de entidades de pesquisa e universidades com atuação em áreas de interesse do Programa Espacial Brasileiro, para discutir os problemas relacionados aos efeitos da radiação de origem cósmica em equipamentos embarcados em satélites e aeronaves.

Para mais informações sobre o WERICE, assim como inscrições, acesse http://www.ieav.cta.br/werice2013
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Observatório de clima espacial do INPE

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Instalado observatório de clima espacial em Boa Vista

Segunda-feira, 07 de Outubro de 2013

Uma cooperação com a Universidade Federal de Roraima (UFRR) está permitindo ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) monitorar a ionosfera no Norte do Brasil, a ocorrência de bolhas de plasma equatoriais nessa região e a atividade de ondas de gravidade na média atmosfera.

Desde agosto os pesquisadores do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace) do INPE, em São José dos Campos, recebem dados em tempo real transmitidos do observatório instalado no campus da UFRR, em Boa Vista.

Neste observatório está em funcionamento uma digissonda DPS4 e câmera imageadora all-sky, cujas informações são utilizadas para aprimorar as pesquisas e o monitoramento do clima espacial.

A parceria entre INPE e UFRR também contempla a realização de projetos científicos orientados em conjunto por pesquisadores do instituto e professores da universidade.

Os dados do monitoramento do clima espacial, bem como os resultados das atividades do Embrace/INPE, estão disponíveis a partir do endereço www.inpe.br/climaespacial.

Fonte: INPE
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domingo, 6 de outubro de 2013

Cooperação Brasil - Japão

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Entre os dias 11 e 12 de novembro, acontecerá na Universidade de São Paulo (SP), na capital paulista, um evento promovido pela Universidade de Tóquio sobre o desenvolvimento de microssatélites para observação terrestre.

O interesse japonês é de colaborar com universidades e centros de pesquisa brasileiros no desenvolvimento de satélites destinados ao monitoramento de áreas agrícolas, florestais e em missões de auxílio em situações de desastres naturais e incêndios. No evento, será também apresentado o programa UNIFORM, realizado pela Universidade de Tóquio em conjunto com a Universidade de Wakayama, de apoio a programas de desenvolvimento de capacidades em observação por micro e nanossatélites tocados por outros países. Será discutida a possibilidade de inclusão de estudantes brasileiros no programa, que é financiado com recursos do Ministério da Educação e Ciência e Tecnologia japonês.

A Universidade de Tóquio já desenvolveu micro e nanossatélites, tendo lançado ao espaço dois satélites de 1 kg, e outro de 8 kg, este com um sensor ótico com resolução de 30 metros. Com o apoio do governo japonês, a universidade deve colocar em órbita no ano fiscal de 2013 outros três satélites..
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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mais informações sobre a apresentação do MMM-1

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AEL apresenta modelo do primeiro microssatélite brasileiro para aplicações militares

Exposição marcou a inauguração do Centro de Desenvolvimento e Industrialização de Equipamentos Aeroespaciais da empresa, que dará ao Brasil capacidade de produção de aviônicos e sistemas de defesa inéditos no País

Porto Alegre, 04/10 - A AEL Sistemas exibiu hoje, pela primeira vez, o modelo do primeiro microssatélite brasileiro para aplicações militares – o MMM-1 - que tem previsão de lançamento para dezembro de 2015. Pesando menos de 10kg e com 30 cm de altura, o microssatélite poderá ser usado para fins de comunicação e monitoramento (sensoriamento remoto), entre outras missões. Como o Brasil hoje não produz satélites, depende de outros países para suprir a demanda nacional por esse tipo de tecnologia.

Por ser menor e mais leve, o equipamento é também mais barato, permitindo que o país incorpore essa tecnologia em maior escala. O investimento inicial no projeto é de R$ 43 milhões e parte dos recursos virá da Finep – Agência Brasileira da Inovação.

“Por meio de uma parceria ampla que envolve o estado, universidades, institutos e empresas locais, a AEL e o Polo Espacial Gaúcho irão fortalecer o segmento de alta tecnologia espacial e suprir uma parte da demanda do Brasil”, afirma o diretor de Tecnologia da AEL, Marcos Arend.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ressaltou que a produção de microssatélites no país fortalece o Brasil. “Queremos que o estado seja um polo espacial e de modernização tecnológica para o segmento de defesa. Esse tipo de projeto fortalece a soberania nacional”, afirmou o governador, durante a inauguração. “Esta parceria nos ajudará a colocar o Rio Grande do Sul na vanguarda tecnológica do Brasil e do mundo”, acrescentou.

No evento, o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan De Pellegrin, destacou as oportunidades que irão surgir a partir da criação do Polo Espacial Gaúcho. “As mudanças ocorridas na estratégia nacional de defesa e os expressivos recursos disponíveis criam oportunidades de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul”, ressaltou.

Desenvolvimento e Industrialização

A apresentação do microssatélite marcou a inauguração do Centro de Desenvolvimento e Industrialização de Equipamentos Aeroespaciais da AEL, em Porto Alegre. Nesta unidade - um espaço de 7,5 mil metros quadrados, três vezes maior do que a atual estrutura da empresa no Rio Grande do Sul - funcionará a fábrica de equipamentos de alta tecnologia da companhia e laboratórios para desenvolvimento de produtos e sistemas.

A iniciativa materializa o principal objetivo da companhia: desenvolver a indústria espacial e de defesa no país. O novo centro irá fortalecer ainda o desenvolvimento tecnológico estadual, em especial o projeto do Polo Espacial Gaúcho, fruto de parceria com o governo do Rio Grande do Sul, universidades, institutos e empresas locais.

“O centro contribuirá para fortalecer a indústria brasileira de defesa”, afirma Vitor Neves, vice-presidente de Operações da AEL Sistemas, subsidiária brasileira da israelense Elbit Systems. “Teremos capacidade de produzir aviônicos e desenvolver sistemas de defesa inéditos no Brasil, caso dos sistemas de guerra eletrônica, veículos aéreos não-tripulados, tecnologia eletro-óptica, além de sistemas de guiagem de armamento e sistemas espaciais”, ressalta Neves. O desenvolvimento de sistemas espaciais está sendo impulsionado pelo Polo Espacial Gaúcho - o microssatélite será o primeiro grande projeto.

Fonte: AEL Sistemas.
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Monitoramento por satélite da floresta amazônica

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BNDES e OTCA assinam contrato para monitoramento da floresta amazônica na América do Sul
   
03/10/2013

O diretor da Área de Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Lacerda, e o embaixador e secretário-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Robby Ramlakhama, assinaram nesta quinta-feira, 3, contrato de R$ 23 milhões para apoio ao projeto Monitoramento da Cobertura Florestal na Amazônia Regional. A operação inaugura o apoio do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, a projetos em outros países de floresta tropical.

A cerimônia contou com a participação da Ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do Ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e de embaixadores de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que compõem a OTCA (instituição responsável pela implementação do Tratado de Cooperação Amazônica).

O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da capacidade de controle do desmatamento, das mudanças de uso da terra e do aproveitamento florestal nos países membros da OTCA, cujos territórios compreendem cerca de 99% do bioma Amazônia.

A OTCA opera como instrumento de cooperação, apoiando a execução de programas e projetos que promovam o desenvolvimento sustentável e a cooperação regional para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Amazônia.

O projeto conta com apoio do Ministério de Relações Exteriores brasileiro (MRE), e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) integra a estrutura de execução como Instituição Nacional Coordenadora, por meio do Departamento de Políticas para o Controle do Desmatamento. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) também participará do projeto, com treinamentos e suporte de tecnologia para o monitoramento da cobertura florestal.

Monitoramento em rede – Com prazo de 60 meses, o projeto apoiado pelo Fundo Amazônia busca promover o intercâmbio de conhecimento, a cooperação e a interconexão em rede dos países da OTCA. Atualmente, com exceção do Brasil, que conta com um dos sistemas de monitoramento ambiental por satélites mais desenvolvidos do mundo, há poucos dados oficiais disponíveis sobre a situação da cobertura florestal e o desmatamento nos demais países da OTCA.

O Fundo Amazônia apoiará iniciativas como a instalação e fortalecimento das salas de observação, infraestruturas operacionais montadas em cada um dos países membros para monitoramento da cobertura florestal amazônica, além da estruturação de salas de pesquisa e do acesso a tecnologias de monitoramento da cobertura florestal.

Também serão apoiados com recursos do Fundo a cooperação regional para o combate ao desmatamento ilegal e o intercâmbio de experiências relacionadas a instrumentos de políticas públicas para redução dos índices de desmatamento.

Histórico – Criado em agosto de 2008, o Fundo Amazônia é uma iniciativa do governo brasileiro cuja finalidade é captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de atividades de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas do bioma amazônico. Desde então, o Fundo Amazônia já aprovou 42 projetos, que somam desembolsos de R$ 555 milhões.

Fonte: BNDES

Comentário do blog: no passado, chegou-se a discutir a possibilidade de utilizar recursos do Fundo Amazônia para financiar o projeto do satélite radar do INPE.
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"Ideias brasileiras para um espaço mais útil a todo o mundo"

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Ideias brasileiras para um espaço mais útil a todo o mundo

José Monserrat Filho *

Ao falar, como convidado especial, numa sessão plenária do 64º Congresso Internacional de Astronáutica, realizado em Beijing, China, de 23 a 27 de setembro passado, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, propôs a criação de um sistema universal de satélites para a observação da Terra (sensoriamento remoto), constituído por grande número de países, destinado a prestar serviços essenciais à comunidade internacional como um todo.

Seria uma constelação de satélites aberta à utilização global, com custos e gestão compartilhados entre todos os países participantes. O mutirão espacial daria origem a um mecanismo sem precedentes de cooperação em escala planetária, proporcionando benefícios inestimáveis a toda a humanidade.

A proposta foi apresentada na plenária que discutiu o tema “Desenvolvimento e Perspectivas das Atividades Espaciais na China”, na qual o presidente da AEB figurou como único representante de uma agência espacial de outro país, o que caracterizou uma deferência especial ao Brasil.

A ideia de um sistema universal de satélites está em perfeita sintonia com o Art. 1º, § 1º, do Tratado do Espaço, de 1967, considerado a carta magna e o código maior das atividades espaciais, que estabelece: “A exploração e o uso do espaço cósmico, inclusive da Lua e demais corpos celestes, deverão ter em mira o bem e interesse de todos os países, qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico e científico, e são incumbência de toda a humanidade.”

O texto em inglês emprega a expressão “province of all mankind” (“província de toda a humanidade”), em lugar de “incumbência de toda a humanidade”. Província parece claramente como o termo mais apropriado no caso, pois significa território de toda a humanidade, ou seja, área comum de todos os povos, de todos os países.

Mas, o mais prestigioso para nós, brasileiros, é que esse princípio fundamental – que passou para a história como “a cláusula do bem comum”, estava inicialmente inscrito no preâmbulo do Tratado do Espaço. Foram exatamente os representantes do Brasil que sugeriram transformá-lo no § 1º do Art. 1º, o que lhe garantiu a posição de primeiro princípio básico do direito das atividades espaciais.

O Brasil também esteve profundamente engajado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992. E deixou sua marca na Declaração do Rio, cujo Princípio 7 não deixa dúvidas sobre o conceito de cooperação que defendemos, inclusive para as atividades espaciais: “Os Estados irão cooperar, em espírito de parceria global, para a conservação, proteção e restauração da saúde e da integridade do ecossistema terrestre.

Considerando as diversas contribuições para a degradação do meio ambiente global, os Estados têm responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Os países desenvolvidos reconhecem a responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentável, tendo em vista as pressões exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e as tecnologias e recursos financeiros que controlam.” Esse princípio também se aplica hoje ao grave desafio do lixo espacial que só faz crescer e afeta a todos os países, tenham eles ou não programas espaciais.

Outra importante ideia brasileira é a política de distribuição gratuita de dados e imagens de satélites, adotada em 2004, que estimulou o surgimento de um mercado interno invejável e já beneficiou várias nações latino-americanas e africanas, com perspectivas de levar tais benefícios para um número ainda maior de países.

Esse exemplo se projetou, igualmente, com a iniciativa brasileira aprovada, em 2008, pelo Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Exterior (COPUOS, na sigla em inglês), que veio enfatizar a necessidade imprescindível de um programa global de cooperação destinado a equipar todos os países do mundo – ou pelo menos a maioria absoluta deles – com infraestrutura e pessoal técnico especializado para receber, processar, analisar, e utilizar, o mais amplamente possível, dados e imagens de satélites nos programas nacionais de desenvolvimento sustentável. Imagine-se a amplitude dos ganhos sociais, econômicos e culturais que um programa dessa natureza traria para o mundo inteiro.

Como se vê, a proposta de um sistema universal de satélites de observação da Terra, de mil e uma utilidades e vantagens, é parte de uma sequência de projetos efetivamente comprometidos com “o uso do espaço para o bem e o interesse de todos os países, qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico e científico” e, consequentemente, com “a província de toda a humanidade”.

* Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB, vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA), Diretor Honorário do Instituto Internacional de Direito Espacial e membro pleno da Academia Internacional de Astronáutica.
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Apresentação do projeto MMM-1

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Dando mais um passo na organização do Polo Espacial do Rio Grande do Sul, na próxima sexta-feira (04), a AEL Sistemas, de Porto Alegre (RS) fará a apresentação oficial do modelo do MMM-1, o primeiro microssatélite brasileiro para aplicações militares, projeto já abordado pelo blog Panorama Espacial (veja aqui).

O MMM-1 será apresentado durante a Mostra de Equipamentos Aeroespaciais / Espaciais e de Defesa, que acontece na capital gaúcha e marcará a inauguração do Centro de Desenvolvimento e Industrialização de Equipamentos Aeroespaciais da AEL Sistemas. O pequeno satélite, com massa estimada inferior a 10 kg, tem previsão de lançamento em dezembro de 2015. O projeto está em análise no programa Inova Aerodefesa.

A mostra também contará com outros sistemas desenvolvidos no Rio Grande do Sul ou com a participação da AEL, como subsistemas espaciais, tecnologia de propulsão MEMS (Unisinos), veículos aéreos não tripulados (VANTs), o blindado Guarani, entre outros equipamentos.

Segundo informações da própria empresa, a AEL Sistemas atua no segmento espacial desde a década de noventa, participando de inúmeros programas gerenciados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), desenvolvendo e produzindo equipamentos aplicados em diversos satélites, sendo hoje a empresa brasileira que fornece maior número de subsistemas para os satélites do Instituto.

Mais informações sobre o MMM e a atuação da AEL Sistemas no setor espacial são dadas em reportagem e artigo publicados na edição n.º 134 da revista Tecnologia & Defesa, que em breve estará nas bancas de todo o Brasil.
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Cooperação Brasil - Alemanha

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Centro Aeroespacial Alemão adere ao Ciência sem Fronteiras Espacial

Brasília 02 de Outubro de 2013 - Os presidentes da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, e do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), Johann Dietrich Wörner, firmaram acordo de cooperação para a formação de recursos humanos qualificados no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) Espacial.

O documento, assinado à semana passada em Beijing, na China, visa a intensificar a cooperação entre Brasil e Alemanha na área espacial por meio do intercâmbio de especialistas em projetos e missões de interesse comum e da qualificação de profissionais em ciência, tecnologia e inovação por meio de cursos de pós-graduação e estágios.

O desenvolvimento do acordo se concentrará em áreas tecnológicas de interesse das duas instituições e será executado com bolsas do CsF. Cabe a AEB e ao DLR indicarem universidades, centros de pesquisa e empresas apropriadas, bem como projetos de cooperação, planejados ou em andamento, para qualificar os profissionais.

O programa de cooperação entre os dois países tem por base o Acordo-Quadro entre os dois governos sobre pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, de março de 1996, e o acordo entre a AEB e o DLR sobre cooperação para a exploração e o uso do espaço exterior para fins pacíficos, de fevereiro de 2002.

O CsF Espacial ofertará 300 bolsas de estudo até 2014. O CsF é um programa do governo Federal gerenciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC).

Fonte: AEB

Comentário do blog: em 2009, a cooperação espacial entre o Brasil e a Alemanha completou 40 anos, e tem um histórico muito bem sucedido no segmento de foguetes de sondagem, com várias iniciativas envolvendo o Instituto de Aeronáuiica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Os dois países também trabalham no projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1).
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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Proposta da AEB no 64º IAC: sistema universal de satélites


AEB PROPÕE SISTEMA UNIVERSAL DE SATÉLITES PARA OBSERVAÇÃO DA TERRA

Brasília 01 de Outubro de 2013 – O compartilhamento por todos os países interessados de dados de sensoriamento remoto do planeta coletados por um sistema integrado de satélites foi a proposta da Agência Espacial Brasileira (AEB) apresentada pelo seu presidente, José Raimundo Braga Coelho, no 64º Congresso Internacional de Astronáutica (IAC, na sigla em inglês), realizado à semana passada em Beijing, na China.

Esta “constelação de satélites” de utilização universal “teria seus custos e gestão também compartilhados entre os diversos países”, segundo o presidente. Em sua opinião, essa ação integrada se tornaria um dos casos mais fantásticos de cooperação entre as nações com benefícios inestimáveis para toda a humanidade.

A proposta, destaca Braga Coelho, teve uma ótima recepção por parte da Federação Astronáutica Internacional (IAF, na sigla em inglês) e foi um dos assuntos em debate na sessão plenária, que discutiu O Desenvolvimento e Perspectivas de Atividades Espaciais da China.

De acordo com o presidente da AEB, esta ação promoveria uma “globalização eficaz de atividades no espaço exterior, reduzindo custos e riscos, proporcionando maior difusão do conhecimento sobre o espaço”. Além disso, Braga Coelho acredita que um sistema de sensoriamento remoto global traria ganhos consideráveis no desenvolvimento tecnológico, o que se traduz em qualificação de recursos humanos em escala universal.

Cbers-3

Além de participar do congresso o presidente também se reuniu com membros da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês), para tratar do lançamento do quarto satélite da série Cbers (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Desenvolvido em parceria com a China, o Cbers-3 tem lançamento programado para a segunda semana de dezembro próximo. “Conversamos com os dirigentes chineses e conseguimos alterar a agenda de lançamentos que tinha o Cbers-3 listado para o dia 27”, diz Braga Coelho.

No encontro com a Cast debateu-se ainda a agenda espacial entre Brasil e China para os próximos dez anos. O presidente informa que “foram consolidados alguns temas já anteriormente discutidos e apresentados outros que pretendemos sejam debatidos e analisados entre os dois países ainda antes do lançamento do Cbers-3”.

Fez parte também da agenda de Braga Coelho visita às instalações da Academia de Tecnologia de Espaçonaves de Shangai (Sast, na sigla em inglês), às fábricas de equipamentos aeroespaciais e de satélites e ao Instituto de Engenharia de Sistema Aeroespaciais também em Shangai.

O presidente ainda teve um encontro com o presidente da agência espacial ucraniana para tratar de assuntos relacionados à Alcântara Ciclone Space (ACS), entidade mantida entre Brasil e Ucrânia para atividades no segmento aeroespacial.

Fonte: AEB
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