sexta-feira, 14 de março de 2014

Amazônia-1: qualificação dos propulsores

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INPE qualifica propulsores para o Amazônia-1

Sexta-feira, 14 de Março de 2014

Os ensaios para aceitação dos propulsores com 5 N (newtons) de empuxo que serão utilizados no satélite Amazônia-1 foram realizados no Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nos meses de janeiro e fevereiro. Propulsores são utilizados em várias manobras no espaço, necessárias para o posicionamento e manutenção das órbitas de satélites e plataformas espaciais.

Para a qualificação de dez propulsores, o tanque foi carregado com 45 Kg de hidrazina e pressurizado com nitrogênio a 22 bars. O subsistema completo de propulsão já havia sido qualificado no BTSA em 2012, quando foram executadas as operações de carregamento do tanque com hidrazina anidra e pressurização com nitrogênio ultrapuro.

Dos dez propulsores testados, seis equiparão o satélite Amazônia-1.

O subsistema de propulsão da PMM - a Plataforma Multimissão criada pelo INPE para satélites como o Amazônia-1 - foi desenvolvido pela empresa brasileira Fibraforte com a coordenação de engenheiros do Instituto.

Completo, o subsistema é composto por seis propulsores, o tanque de propelente e mais as válvulas para controle dos propulsores e para carregamento do tanque, com as respectivas tubulações e seus acessórios.

Todos os testes foram preparados e executados pela equipe técnica do BTSA, desde o recebimento dos propulsores, integração na célula de testes e realização das atividades. A análise química do propelente utilizado (hidrazina anidra) foi, também, realizada em laboratório próprio no BTSA.

O BTSA está instalado no Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP), localizado na unidade de Cachoeira Paulista do INPE. Está dimensionado para testar e qualificar propulsores de até 200 N de empuxo, em um ambiente que simula as condições do espaço. O BTSA possui ainda um Laboratório de Análise de Propelentes - hidrazina, mono-metil-hidrazina, dimetil-hidrazina assimétrica, tetróxido de nitrogênio, entre outros.

Amazônia-1

O INPE se prepara para as atividades de integração e testes do Amazônia-1, satélite com lançamento previsto para 2016 que conta com uma câmera óptica de visada larga capaz de gerar imagens do planeta a cada quatro dias. Sua característica de revisita rápida permitirá a melhora nos dados de alerta de desmatamento na Amazônia em tempo real. O Amazônia-1 também fornecerá imagens frequentes das áreas agrícolas brasileiras.

O satélite Amazônia-1 é baseado na Plataforma Multimissão (PMM), desenvolvida pelo INPE. A PMM é plataforma genérica para satélites na classe de 500 kg. Com massa de 250 kg, ela provê os recursos necessários, em termos de potência, controle, comunicação e outros, para operar, em órbita, uma carga útil de até 280 kg.

Fonte: INPE
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