quinta-feira, 6 de março de 2014

Inova Aerodefesa: projetos selecionados

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[Nota atualizada às 15h40 para explicitar que no projeto MMM apenas os ICTs receberam recursos]

Sem alarde, a FINEP divulgou no último dia 25 o resultado final do programa Inova Aerodefesa, revelando os nomes das empresas que receberão recursos, a natureza (se reembolsáveis, não reembolsáveis, ou em arranjo com instituições científicas e tecnológicas (ICTs) nacionais), e também a identificação dos projetos (não reembolsáveis e em arranjo cooperativo com ICTs). Veja aqui.

Os recursos não reembolsáveis foram pulverizados entre os projetos selecionados, sendo que o máximo destinado a cada um foi pouco mais de R$6,238 milhões. Há várias iniciativas no campo espacial, como já havíamos destacado anteriormente. A Avibras, por exemplo, obteve cerca de R$4,658 milhões para o projeto Veículo Lançador de Microssatélites. Ainda em lançadores, a Cenic terá R$6,209 milhões para o desenvolvimento dos módulos inter-estágios para o VLM, e mais R$5,637 milhões para o desenvolvimento de redes elétricas do mesmo veículo, em parceria com a JTDH Engenharia. A Opto Eletrônica, de São Carlos (SP), receberá pouco mais de R$4,734 milhões para desenvolver um sistema imageador multiespectral reflexivo (VIS/NIR/SWIR).

Arranjo cooperativo

No arranjo cooperativo entre empresas e ICTs, os sistemas de controle de atitude e órbita (ACDH, em inglês), área considerada crítica no Brasil, foram o destaque. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) terá cerca deR$1,3 milhão para um projeto com a Compsis para ACDHs destinados a satélites e ao projeto SARA (Satélite de Reentrada Atmosférica), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), e mais R$3,963 milhões para o "desenvolvimento do Sistema de Supervisão de Bordo e de Controle de Atitude e Órbita e sua integração na segunda geração da Plataforma Multimissão", este último em conjunto com a Odebrecht Defesa e Tecnologia (controladora da Mectron).

Iniciativas em propulsão também serão beneficiadas: o IAE terá a disposição R$4 milhões para o "desenvolvimento e absorção de tecnologias aplicáveis à fabricação do Motor Foguete a Propelente Líquido L75", em conjunto com a Globo Central de Usinagem. A Fibraforte e o INPE também tiveram um projeto para um propulsor mono-propelente de 400N, que receberá cerca e R$1,238 milhão.

Ainda, no projeto apresentado pela AEL Sistemas, de Porto Alegre (RS), os ICTs (PUC-RS, Unisinos, UFSM e UFRGS) receberão pouco menos de R$5 milhões, valor bem abaixo do montante total inicialmente requerido.
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