sexta-feira, 28 de março de 2014

NanosatC-Br1: concluídos os testes no Brasil

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Nanossatélite nacional finaliza testes

Terminou na quinta-feira (27) a última bateria de testes do segundo nanossatélite brasileiro e primeiro Cubesat nacional, o NanosatC-Br1, no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

Na quarta-feira (26), foram concluídos os testes de vibração, que simulam as condições na fase de lançamento, e que também são os únicos requeridos para o procedimento. Os testes de ontem (27) foram todos voltados para a avaliação da massa do artefato. De acordo com o engenheiro Otávio Durão, gerente do projeto no Inpe, em nota divulgada no dia 26, hoje (28) o satélite seria embalado para ser levado para a Holanda, onde também serão feitos alguns testes antes do seu embarque para a Russia, de onde tem lançamento previsto para 19 de junho.

Desenvolvido com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB), o NanosatC-Br1é um dos quatro artefatos nacionais programados para lançamento este ano. No segundo semestre está previsto o lançamento dos satélites AESP-14, desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) com apoio do Inpe; do Serpens, cuja produção envolve diversas universidades coordenadas pela AEB, e do UbatubaSat, que é um CanSat produzido pelos alunos da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, de Ubatuba (SP), com a orientação do Inpe.

Compõem as três cargas do NanosatC-Br1 um magnômetro para utilização dos seus dados pela comunidade científica; um circuito integrado projetado pela Santa Maria Design House da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul (RS), e o hardware FPGA, que deve suportar as radiações no espaço em função de um software desenvolvido pelo Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Continuidade - O Br1 é um pequeno satélite científico (pouco mais de um quilo) e o primeiro cubesat desenvolvido no país, produzido em parceria do CRS, do Inpe e da UFSM. Também esteve envolvida na sua preparação a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e as empresas Emsisti, Innovative Solution in Space (ISS), empresa holandesa fornecedora da plataforma do cubesat, e a brasileira Lunus Aeroespacial.

Segundo Durão, as equipes envolvidas no projeto já trabalham no desenvolvimento do NanosatC-Br2 “para o qual já temos a plataforma e algumas especificações de cargas úteis”. Entre as cargas está o primeiro sistema de determinação de atitude nacional (com tripla redundância), já em fase de produção cooperativa entre o Inpe e as universidade federais de Minas Gerais (UFMG) e do ABC (UFABC).

O NanosatC-Br2 é um cubesat 2U (o dobro do Br1 que é 1U – um litro de volume) tendo assim muito mais capacidade de carga útil. A carga útil científica será uma sonda de Langmuir para dados da ionosfera, a cargo de pesquisadores do Inpe.


[Na imagem acima, o NanosatC-Br1 em testes numa câmara de vácuo do LIT/INPE]

Fonte: AEB, com edição do blog Panorama Espacial.
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