segunda-feira, 29 de setembro de 2014

2º Festival de Minifoguetes de Curitiba

.
Aberta as inscrições para o 2º Festival de Minifoguetes de Curitiba

Brasília, 24 de setembro de 2014 – Estudantes e interessados em participar da segunda edição do Festival de Minifoguetes de Curitiba têm até o próximo dia 15 de outubro para se inscrever.

O evento será promovido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre os dias 18 a 20 de abril de 2015 e tem o objetivo de despertar interesses para a área científica espacial, por meio de atividades de desenvolvimento e teste de minifoguetes, além de divulgar o Programa Espacial Brasileiro.

Os participantes poderão competir em 12 categorias e terão a oportunidade de lançar foguetes, na maior altura possível, assistir palestras, debater a temática em sessões técnicas e visitar exposições.

Para participar é necessário preencher o formulário disponível no site: http://www.foguete.ufpr.br/, pagar a taxa de R$ 10, e seguir as instruções, conforme o ato da inscrição.

Na primeira edição, o festival teve a participação de 18 equipes, distribuídas em 10 universidades brasileiras, nela foram realizados 37 lançamentos de minifoguetes.

Fonte: AEB
.

domingo, 28 de setembro de 2014

"SCD-Hidro: Um alento à indústria espacial brasileira"

.
.
SCD-Hidro: Um alento à indústria espacial brasileira

André M. Mileski

Apesar de alguns importantes acontecimentos nos últimos anos, como a edição de um novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 2012-2021), o surgimento da figura de uma prime contractor e a contratação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), não se pode dizer que a indústria espacial brasileira vive um momento de exuberância. Pelo contrário. Formada por um pequeno número de pequenas e médias empresas, o setor industrial nacional está em crise, decorrente, principalmente, da falta de encomendas de seu principal (e único) cliente, o que tem gerado, inclusive, demissões.

A Agência Espacial Brasileira (AEB), a quem em tese compete exercer ações de política industrial previstas na PNAE, reconhece a situação. “Realmente, esse momento é o momento em que estamos concluindo vários projetos e precisamos retomar outras iniciativas”, afirmou José Raimundo Coelho, presidente da Agência, em entrevista dada à T&D no final de 2013.

É com base neste cenário, e enquanto outras missões do PNAE e do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) não se materializam, que se busca viabilizar o projeto do Sistema de Coleta de Dados Hidrometeorológicos (SCD-Hidro), lançado pela AEB em conjunto com a Agência Nacional de Águas (ANA), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.

Histórico

Muito embora tenha um forte componente de política industrial, o SCD-Hidro não está sendo desenvolvido pura e simplesmente para gerar carga de trabalho para as indústrias brasileiras. A participação da ANA decorre do fato desta ser a principal usuária do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) (ver box), mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do qual depende para seus monitoramentos do volume de água e do balanço hidrológico dos reservatórios. Desta forma, o projeto atende a uma demanda do governo, além de funcionar como uma ação de política industrial, num campo tecnológico já plenamente dominado pela indústria espacial nacional.

Oficialmente, o projeto teve início no final de maio de 2012, com a assinatura de um memorando de entendimentos que previa a criação de um grupo de trabalho para o estudo sobre a viabilidade de desenvolver um microssatélite para missão de coleta de dados hidrometeorológicos. Com isso, o projeto avançou relativamente rápido, com a contratação da iniciativa privada para um estudo comparativo de soluções. Em agosto de 2013, a AEB lançou o Edital da Concorrência n.º 01/2013, prevendo a “contratação de empresa especializada para realizar Estudo Comparativo de Soluções para o Sistema de Coleta de Dados Hidrometeorológicos (SCD-Hidro), mediante o regime de empreitada por preço global”.

Dando prosseguimento à licitação, no mês seguinte foram habilitadas três empresas interessadas na concorrência: a Mectron, pertencente ao grupo Odebrecht Defesa e Tecnologia, a Equatorial Sistemas, do grupo Airbus Defence and Space, e a Omnisys Engenharia, controlada pela francesa Thales. O resultado final saiu em outubro, tendo a Equatorial Sistemas sido selecionada com uma proposta de R$ 1,885 milhão. Do estudo comparativo, participam ainda, na qualidade de subcontratadas, a Visiona Tecnologia Espacial, uma joint-venture entre a Embraer e a Telebras, e a Orbital Engenharia, de São José dos Campos (SP).

Propósitos, finalidades e perspectivas

O projeto tem por propósito principal garantir a continuidade dos serviços do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais, que teve início com os satélites SCD-1 e SCD-2 desenvolvidos pelo INPE e colocados em órbita durante a década de 1990.

Segundo informou a AEB, a proposta atualmente em estudo, direcionada aos interesses da ANA, não apenas atende aos requisitos originais do sistema, mas amplia sua capacidade e funcionalidade, possibilitando o aumento do número de plataformas instaladas, a ampliação dos serviços para além das fronteiras nacionais, além da redução do tempo de revisita, o que permitiria atender também à comunidade que lida com desastres naturais com origem hidrológica. As capacidades do SCD-Hidro também podem vir a servir outros projetos, como o futuro Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), da Marinha do Brasil, considerando que na atualidade o SBCDA já recebe dados ambientais gerados a partir de plataformas marítimas localizadas em zonas marítimas do Brasil e da África. Ainda, a reportagem apurou que a Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), responsável por ações do Ministério da Defesa no âmbito espacial, acompanha a iniciativa com atenção, interessada em sua capacidade de coleta e transmissão de dados gerados em solo.

As alternativas em análise consideram constelações que variam de dois satélites em órbita baixa e equatorial, a até seis satélites também em órbita baixa, mas dispostos em três planos orbitais distintos.

A proposta leva em conta um prazo de até três anos para o primeiro lançamento, contados da data da contratação. Tal prazo, no entanto, dependerá da definição quanto à configuração do sistema em órbita, que poderá ser de lançamento múltiplo, isto é, com todos os satélites sendo lançados ao mesmo tempo, ou por plano orbital, com lançamentos distintos.

A expectativa da AEB é de que o sistema seja contratado até o final de 2014 junto a uma empresa integradora nacional, potencialmente, a Visiona Tecnologia Espacial, que já exerce este papel no SGDC, estratégia em linha com os preceitos do PNAE. Representantes da Visiona, aliás, têm visitado empresas nacionais que poderiam participar do projeto, e também participado de reuniões com possíveis parceiros estrangeiros.

A propósito, uma das parcerias internacionais em consideração é com a Espanha. No final de maio, representantes da AEB, da ANA e da Visiona tiveram uma reunião de apresentação da proposta de cooperação do Centro Espacial da Galícia, ligado à Universidade de Vigo, com o Brasil, envolvendo a missão hidrometeorológica. Segundo divulgou a AEB na ocasião, a ação cooperativa envolveria financiamento de projetos com os recursos de ambas as instituições, com investimentos igualitários entre as partes.

O centro espanhol, que no momento conta com dois cubesats em órbita e prepara o lançamento de outro para breve, coordena uma rede mundial de satélites apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que possibilita aos países parceiros transmitir e compartilhar dados sobre emergências humanitárias ou outras informações úteis a estudos sobre o câmbio climático e o controle e detecção de incêndios, por meio de sensores orbitais considerados de baixo custo.

Caso a previsão de contratação do SCD-Hidro este ano se confirme, espera-se sua entrada em operação até o final de 2017. Os custos do projeto ainda estão em revisão e, de acordo com a AEB, ainda não há previsão orçamentária para o projeto completo. “Os recursos disponíveis no momento estendem-se por quatro anos, mas a um nível ainda insuficiente para arcar com todos os investimentos”, segundo informação a Agência.

--

Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais

A origem do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) remonta à Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), criada no final da década de 1970 e que buscava dotar o País de autonomia na construção, lançamento e operação de meios espaciais. Dentre as missões compreendidas na missão, estavam os satélites SCD-1 e SCD-2, inspirados no programa franco-americano ARGOS, para coleta de dados ambientais gerados em plataformas terrestres. De fato, 35 anos após a criação da MECB, os satélites de coletas de dados são umas de suas poucas ações bem sucedidas.

Apesar de terem superado em muitos anos suas vidas úteis planejadas, os dois SCD continuam em operação, e ao longo desse tempo foram complementados por transpônderes de coleta de dados instalados em satélites da série CBERS, desenvolvido pelo Brasil em conjunto com a China.

Grosso modo, o SBCDA funciona por meio da retransmissão de mensagens enviadas por centenas de plataformas de coletas de dados, gerados por sensores, distribuídas por todo o território nacional, áreas marítimas e mesmo em alguns países vizinhos. Uma vez recebidas, os satélites armazenam os dados e os retransmitem para estações de recepção localizadas em Cuiabá (MT) e Alcântara (MA), quando visíveis, isto é, com passagens na área de cobertura das estações de recepção. Grande parte das plataformas, conhecidas pela sigla PCD (Plataforma de Coleta de Dados) dispõem de sensores que geram dados meteorológicos, como velocidade e direção dos ventos, umidade e temperatura, e hidrológicos, como os níveis de reservatórios. As PCDs mais modernas contam com painéis solares e baterias que garantem seu funcionamento de forma autônoma.

Os dados são enviados para o Sistema Integrado de Dados Ambientais, (SINDA) situado no Centro Regional do Nordeste do INPE, em Natal (RN), onde são processados, armazenados e disseminados aos usuários, por meio da internet, no prazo máximo de 30 minutos após a recepção.

Além do SCD-Hidro, outra iniciativa que visa dar continuidade ao SBCDA é desenvolvida no CRN/INPE desde 2011. Trata-se do CONASAT, uma constelação de seis nanossatélites, projetados com base na tecnologia dos cubesats. (AMM)

Fonte: revista Tecnologia & Defesa n.º 138, setembro de 2014.
.

Notícias da ACS

.
Apesar da crise geopolítica na Ucrânia e da avaliação em andamento do governo brasileira acerca da atual situação da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), algumas atividades para a implantação do sítio de lançamento em Alcântara seguem adiante.

Um exemplo é a informação, divulgada pela ACS no final da última semana, sobre a entrega no Maranhão de um novo lote de equipamentos de suporte terrestre, fabricados pela empresa Elcor e oriundos da Ucrânia, entre os dias 17 e 19 deste mês. Veja imagens aqui.
 .

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

6 perguntas a Joel Chenet, da Thales Alenia Space

.
O blog Panorama Espacial recentemente entrevistou por e-mail Joel Chenet, vice-presidente da franca-italiana Thales Alenia Space para o Brasil, sobre os planos do grupo para o Brasil e a América Latina. Com respostas curtas, Chenet apresentou linhas gerais sobre a estratégia da empresa.

O senhor poderia dar um breve panorama sobre a presença da Thales Alenia Space (TAS) no Brasil e América Latina?

A Thales Alenia Space tem uma forte presença aqui, com histórias no Brasil e na Argentina, e várias prospecções em andamento na América Latina, em países como a Colômbia e o Peru. Originalmente, a Thales Alenia Space foi uma das empresas fundadoras da NAHUELSAT [Nota do blog: operadora de comunicações da Argentina criada na década de noventa, não mais existente] e também entregou dois satélites para a Star One, participando da expansão desta bem conhecida operadora. Hoje, a Thales Alenia Space está totalmente comprometida em entregar o SGDC para a Visiona e a Telebras. Na Argentina, a empresa também está trabalhando numa forte parceria com a fabricante local INVAP para a construção dos satélites de comunicações Arsat 1 e 2. O Arsat 1 foi enviado ao centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa, de onde deve ser lançado no meio de outubro, enquanto que o Arsat 2 entrará em fase de integração e testes nas instalações da INVAP. [Nota do blog: A TAS fornece as cargas úteis de ambas as missões]

Em relação ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), em maio foi concluída a fase de projeto do sistema. Quais são os próximos passos? O projeto esta dentro do cronograma?

A cada três meses, há uma reunião com o cliente [Visiona / Governo] para tratar do status do programa, sendo o próximo passo a Revisão Crítica do Projeto [Critical Design Review], prevista para acontecer até o final do ano. Esta revisão analisará se todos os equipamentos a serem entregues estão perfeitamente em linha com a performance demandada para o satélite. O SGDC está bem alinhado dentro de nosso cronograma.

Muito se fala sobre a transferência de tecnologia associada ao SGDC, e um memorando de entendimentos foi assinado em dezembro. Como estão as tratativas para a sua implementação?

As discussões com a Agência Espacial Brasileira para a conclusão dos primeiros contratos relacionados à transferência de tecnologia ainda estão em andamento, e temos por objetivo estar prontos antes do final deste ano para o início de sua implementação.

[Nota do blog: sobre a transferência de tecnologia associada ao SGDC, veja mais informações em "Programa Espacial: orçamentos de 2014 e 2015"]

Em julho, em reportagem do Valor Econômico, Cesar Kuberek, executivo do grupo, falou sobre os planos da Thales de triplicar suas vendas na América Latina. Como o setor espacial esta inserido neste plano estratégico?

Espaço na América Latina é um mercado muito importante em dois segmentos principais, telecomunicações e observação (ótica e radar de alta resolução e meteorologia). Há várias oportunidades em razão do crescimento da [demanda] por internet e também da necessidades dos governos em gerenciar e monitorar o meio-ambiente e áreas vizinhas.

Como e sabido, o Programa Espacial Brasileiro não passa por seu melhor momento, dada a falta ou mesmo o contingenciamento de recursos. A situação e idêntica para o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que enfrenta atrasos em razão de indisponibilidade orçamentária. Qual e o posicionamento da TAS frente a estes percalços?

A Thales Alenia Space não está no Brasil visando objetivos de curto prazo, mas sim com uma visão de longo prazo. Enfrentar dificuldades orçamentárias é sempre um assunto sério, mas estamos confiantes que no final o governo, de uma forma ou de outra, investirá em espaço, assim como todos os grandes países do mundo.

Em comunicações comerciais, depois de alguns anos de pouca competitividade e reduzida presença no mercado global, a TAS da sinais de recuperação, com a conquista desde o início do ano de contratos para quatro satélites geoestacionários. Qual e sua visão sobre a competitividade da TAS e oportunidades na América Latina?

Nós nos fortalecemos para retornar a este mercado e estamos tentando entregar propostas de valor a nossos clientes. Ao mesmo tempo, anunciamos há apenas alguns dias nossa nova linha de produtos para satélites totalmente elétricos, e acreditamos que isso abrirá muitas oportunidades no crescente mercado de telecomunicações aqui da América Latina.

Itasat: voo a bordo de um Falcon 9

.
.
AEB negocia contrato para lançar o Itasat-1

Brasília, 24 de setembro – Agência Espacial Brasileira (AEB) concluiu essa semana mais um passo no projeto Itasat-1 com a negociação da contratação do serviço de lançamento do satélite universitário num veículo Falcon-9 da empresa SpaceX para o segundo semestre de 2015.

Após ser readequado sob coordenação da AEB, o Itasat-1teve agregado outros experimentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), das universidades do Vale dos Sinos (Unisinos), Federal do Rio Grande do Nortre (UFRN) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

Entre os novos experimentos estão o GPS Orion e uma placa microcontrolada com sensores de radiação ionizante, que terá seus dados processados em conjunto com o laboratório de estudos do clima espacial (Embrace) no Inpe.

A conclusão da integração do modelo de engenharia e realização de testes funcionais está prevista para até o fim de dezembro próximo. A integração do modelo de voo, com testes de aceitação funcionais e de requisitos de lançamento a cargo do Laboratório de Integração e Testes (LIT), no Inpe, serão realizados entre janeiro e abril de 2015.

Fonte: AEB
.

"El Sector Espacial Argentino - Instituciones, empresas y desafíos"

.
Este mês, foi publicado o livro "El Sector Espacial Argentino - Instituciones, empresas y desafíos", iniciativa conjunta da Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE) e das estatais argentinas INVAP (prime-contractor de satélites) e ARSAT (operadora de serviços de comunicações).

O livro, produzido com base nas discussões de um seminário realizado em setembro de 2013 em Buenos Aires, apresenta as três principais entidades do programa espacial argentino, as principais indústrias, uma análise de seus principais projetos e programas (satélites e lançadores, exploração do espaço profundo), além de um sumário sobre o desenvolvimento espacial dos países da região.

Para os interessados nas atividades espaciais na América do Sul, trata-se de um bom material de consulta e informação sobre aquele que pode ser considerado um dos mais avançados e completos programas espaciais do continente, senão o mais avançado.

A obra está disponível gratuitamente no website da CONAE. Para baixá-la, clique aqui.
.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

"Atrasos no PESE", coluna "Defesa & Negócios"

.
Atrasos no PESE

Nem bem começou e o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), do Comando da Aeronáutica, já sofre com a crônica de cortes no orçamento, bem característicos da área de defesa no Brasil. Conforme noticiado em reportagem publicada na edição n.º 136 de T&D [Nota do blog: leia a reportagem aqui], estavam previstos R$113 milhões no orçamento de 2014 para o início do programa, recursos suficientes para o início de uma concorrência e mesmo contratação de um primeiro lote de satélites óticos de observação, . Com os cortes anunciados no primeiro semestre, por decisão do governo, o montante foi direcionado para outro projeto, o do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que inicialmente seria viabilizado apenas com destinações do Ministério das Comunicações. Este direcionamento criou uma espécie de “competição” de projetos dentro do orçamento da pasta da Defesa.

Segundo apurou esta coluna, as perspectivas para uma alocação significativa de recursos em 2015 não são animadoras. Agora, os esforços do Comando da Aeronáutica se concentram na busca por um montante mínimo suficiente para a contratação de uma consultoria, que seria responsável pela elaboração das especificações e demais informações necessárias para o envio de uma solicitação de propostas (RFP, sigla em inglês) no mercado internacional.

Fonte: coluna "Defesa & Negócios", revista Tecnologia & Defesa n.º 138, setembro de 2014.
.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cooperação Equador - China

.
Na última semana, em visita oficial à China, a ministra da defesa do Equador, Maria Fernanda Espinosa divulgou que seu país busca apoio do país asiático para o desenvolvimento de seu programa espacial, especificamente no campo de satélites.

"O Equador não está muito interessado em adquirir um satélite, mas em transferência de tecnologia de modo a desenvolver suas instalações locais para fortalecer nossas próprias capacidades", declarou.

Segundo reportagens da imprensa local, a ministra teria também afirmado que ainda este ano deverá haver visitas recíprocas de equipes técnicas para iniciar trabalhos visando ao desenvolvimento de um satélite, de finalidades não especificadas.

Dando prosseguimento a sua estratégia de ampliação de mercados e parcerias, a China hoje figura como a maior parceira espacial da América do Sul, com projetos conjuntos com Brasil, Argentina, Venezuela e Bolívia.
.

domingo, 21 de setembro de 2014

Cubesats: NanosatC-Br1 e Serpens

.
O Brasil continua a apresentar avanços em suas missões de cubesats.

No último dia 19, o NanosatC-Br1  - primeiro cubesat brasileiro, completou três meses em órbita e plenamente operacional, transmitindo seus dados para estações de recepção localizadas em Santa Maria (RS) e em São José dos Campos (SP).

“Já temos uma quantidade de dados razoável das cargas úteis e da plataforma. Muitos ensinamentos estão sendo extraídos através da operação do NanosatC-Br1, do seu comportamento e performance que serão utilizados em futuros satélites desta classe”, afirmou Otávio Durão, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em nota divulgada pela instituição.

Testes do Serpens

Também na última semana, nos dias 18 e 19, o nanossatélite Serpens, desenvolvido por várias universidades brasileiras, foi submetido a testes na Agência Espacial Brasileira (AEB), visando ao seu lançamento ao espaço, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês).

Segundo informações da AEB, os procedimentos foram realizados por técnicos da Japan Manned Space Systems Corporation (Jamss), empresa contratada para a execução do lançamento.

Para mais informações sobre os testes, acesse "Nanossatélite Serpens aprovado em testes de segurança".
.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Notícias dos CBERS 4 e 4A

.
CBERS 4: conclusão da revisão final

Nesta quinta-feira (18), foi concluída na China Academy of Space Technology (Cast), em Pequim, o Final Design Review (FDR, sigla em inglês) do CBERS 4, previsto para ser lançado no início de dezembro.

Conforme detalhado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o objetivo do FDR "é relatar e revisar as atividades de montagem, integração e testes do satélite, com o propósito de demonstrar que o sistema está apto para ser embarcado para a base de lançamento para o processamento final que antecede ao lançamento e início das operações." 

A campanha de lançamento deve começar em meados de outubro, com o deslocamento do satélite para o sítio de lançamentos de Taiyuan, a cerca de 760 km a sudoeste de Pequim. O passo seguinte será a preparação do artefato, finalizada com uma revisão quanto à prontidão para voo, e sua integração ao lançador Longa Marcha 4B.

Para mais informações sobre a revisão final, leia a nota divulgada pela AEB.

Discussões sobre o CBERS 4A

Paralelamente aos preparativos para o voo do CBERS 4, autoridades brasileiras e chinesas avançam com as discussões para a construção de uma terceira unidade da segunda geração do programa CBERS, designado 4A. O tema foi pauta da reunião do Grupo de Trabalho para a implementação do Plano Decenal Sino-Brasileiro de Cooperação Espacial, realizada na última terça-feira (16), em Pequim, que contou com a participação de representantes e técnicos da AEB e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), além das contrapartes chinesas.

Segundo informações divulgadas pela AEB, a agenda "contemplou ainda vários itens do Plano Decenal, dentre eles a estrutura de governança do Plano; o programa de cooperação educacional entre as agências para a área espacial; a proposta da distribuição internacional das imagens do satélite Cbers-4, e da cooperação em componentes eletrônicos e equipamentos." Leia mais em "Brasil e China discutem o desenvolvimento do satélite CBERS 4A".
.

EUA: o futuro de suas missões tripuladas

.
.
Boeing CST-100 será a próxima espaçonave americana

NASA concede US$ 4,2 bilhões à Boeing para a próxima fase do Programa de Tripulação Comercial

HOUSTON, 17 de setembro de 2014 – A Boeing receberá US$ 4,2 bilhões da NASA para construir a próxima nave espacial para passageiros dos Estados Unidos.

A espaçonave Crew Space Transportation (CST-100) da Boeing está sendo desenvolvida como parte do Programa de Tripulação Comercial (CCP, na sigla em inglês) da NASA, que tem como objetivo retomar os voos espaciais nos Estados Unidos até 2017. A CST-100 transportará até sete passageiros ou uma combinação de tripulantes e carga até a Estação Espacial Internacional (ISS) e outros destinos na órbita baixa da Terra.

“A Boeing tem participado de todos os programas de voos espaciais tripulados dos Estados Unidos e é uma honra que a NASA tenha nos escolhido para dar continuidade a esse legado”, diz John Elbon, vice-presidente e diretor geral da divisão de Exploração Espacial da Boeing. “A CST-100 oferece à NASA a solução mais econômica, segura e inovadora para o acesso à órbita baixa da Terra a partir dos Estados Unidos”, completa o executivo.

Na fase de Transporte de Tripulação Comercial (CCtCap) do programa, a Boeing construirá três espaçonaves CST-100 na Instalação de Processamento de Tripulação Comercial da empresa, localizada no Centro Espacial Kennedy, Flórida. A nave espacial passará por um teste de lançamento abortado em 2016 e fará um voo não tripulado no início de 2017, preparando-se para o primeiro voo tripulado para a ISS em meados de 2017.

A Boeing finalizou recentemente a Revisão Crítica de Projeto (CDR) e a Fase 2 da Revisão de Segurança de Espaçonave da Crew Space Transportation (CST)-100, o que a torna a única competidora do programa de Tripulação Comercial da NASA a passar no CDR e, também, a concluir todas as etapas do CCiCap no prazo e dentro do orçamento estipulado.

“O objetivo de uma CDR é garantir que todas as peças e subsistemas estão trabalhando juntos”, explica John Mulholland, gerente do programa de Tripulação Comercial da Boeing. “A integração desses sistemas é fundamental e estamos ansiosos para colocar a CST-100 em operação”.

Para mais informações sobre a CST-100, consulte Boeing.com/cst100.

Fonte: Boeing Brasil.

Nota do blog: além da Boeing, a NASA também selecionou o projeto da SpaceX, no valor de 2,6 bilhões de dólares, baseado numa versão aprimorada da espaçonave Dragon atualmente utilizada para o transporte de cargas para a ISS. Denominada Dragon V2, a cápsula será lançada pelo foguete Falcon 9 v.1.1, com estreia também prevista para 2017. 
.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tecnologia & Defesa n.º 138

.

Já se encontra nas bancas de todo o Brasil o número 138 da revista Tecnologia & Defesa, a mais tradicional publicação sobre os setores aeroespacial, de defesa e segurança pública da América Latina.

Esta edição traz mais uma vez reportagens com temáticas espaciais, como uma matéria exclusiva sobre o projeto do SCD-HIDRO, da Agência Espacial Brasileira e Agência Nacional de Águas, além de uma entrevista com Mario Stefani, diretor da Opto Eletrônica, abordando as dificuldades de se fazer negócios no País.

Abaixo, listamos os principais conteúdos da edição:

- O Adelphi e o A-1M, da Força Aérea Brasileira
- O USS America vista o Brasil (com voo exclusivo no V-22 Osprey)
- Uma nova artilharia para o Exército Brasileiro
- Panorama sobre o grupo espanhol Indra
- Mostra BID Brasil 2014
- Coluna Defesa & Negócios
- E muito mais!
.

domingo, 14 de setembro de 2014

Workshop sobre cubesats na América Latina

.
Entre os dias 8 e 11 de dezembro, acontecerá em Brasília (DF), o 1st IAA Latin America Cubesat Workshop (1º Workshop da IAA sobre Cubesats na América Latina), organizado pela Academia Internacional de Astronáutica (IAA, sigla em inglês), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).

Segundo divulgado pela organização, a iniciativa para o evento surgiu do crescente interesse em atividades de cubesats na região, e também pelos recentes lançamentos bem sucedidos, como um fórum para reunir os principais players para discussão de oportunidades e compartilhamento de resultados e novas ideias.

Em junho, foi lançado ao espaço o NanosatC-Br1, primeiro cubesat nacional, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e outras missões estão em desenvolvimento no Brasil e em países vizinhos. Dentro dos próximos meses, são aguardados os lançamentos de mais três nanossatélites nacionais.

Para mais informações, visite http://cubesatbrasilia.akamido.com/
.

sábado, 13 de setembro de 2014

Notas sobre a "World Satellite Business Week"

.
Na última semana, aconteceu em Paris a tradicional "World Satellite Business Week", um dos mais importantes eventos da indústria de satélites, organizada pela Euroconsult. A seguir, apresentamos algumas notas sobre seus principais acontecimentos.

Arianespace: 60% do mercado

Um dos grandes destaques foram os anúncios de novos contratos de lançamento da Arianespace, todos envolvendo o seu carro-chefe, o lançador Ariane 5. No acumulado de 2014, já são treze novos acordos assinados, o que lhe garante um domínio de mais de 60% do mercado comercial de lançamentos.

No dia 8, a companhia europeia tornou públicos quatro deles, todos para satélites de menor porte para padrões geoestacionários (entre 3.300 e 3.500 kg), segmento em que compete diretamente com a americana SpaceX, que opera o foguete Falcon 9. No dia seguinte, outros dois negócios: o do Al Yah 3, da operadora Yahsat, dos Emirados Árabes Unidos, que terá capacidade destinada ao Brasil (ver nota abaixo), e do indonésio Telkom-3S, em construção pela Thales Alenia Space, ambos com lançamentos previstos para o quarto trimestre de 2016.

Aliás, quinta-feira (11), o Ariane 5 executou sua 61ª missão bem-sucedida consecutiva, inserindo em órbita o MEASAT e Optus, construídos pela Airbus Defence and Space e Space Systems/Loral (SSL), respectivamente. O próximo voo está programado para outubro, tendo como "passageiros" um artefato da DIRECTV e Intelsat, e o ARSAT-1, primeiro satélite geoestacionário construído na Argentina.

Al Yah 3: ligando a África e o Brasil

A Yahsat, do grupo financeiro Mubadala, finalmente divulgou o fabricante de seu novo satélite, o Al Yah 3, sob a responsabilidade da americana Orbital Sciences Corporation. Em junho, já havíamos abordado o interesse do grupo árabe pelo mercado brasileiro (ver a postagem "Comunicações: árabes de olho no Brasil").

Com previsão de entrada em operação no final de 2016, o Al Yah 3 contará apenas com transpônderes em banda Ka, proporcionando banda larga para cerca de 600 milhões de usuários nos continentes africano e sul-americano. Sua posição orbital permitirá a cobertura de mais de 95% da população brasileira e de 69% da africana.

"Surpresa" japonesa

Outra novidade foi a encomenda da Es’hailSat, operadora do Qatar, de um satélite junto à japonesa Mitsubisi Electric (Melco), que causou certa surpresa no mercado. De acordo com declarações da empresa árabe, a oferta japonesa teve valor de 10% a 15% inferior à proposta conjunta da SSL e da Thales Alenia Space (este, um movimento incomum reunindo dois rivais).

A Melco é considerada uma entrante no mercado comercial, tendo fechado até o momento poucos contratos para missões completas, como o TURKSAT 4A e 4B, da Turquia. A empresa participou da concorrência brasileira para o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), tendo inclusive sido selecionada para a fase final, juntamente com a SSL e a Thales Alenia Space.

Telesat: crítica às missões latino-americanas

Segundo a Satellite Today, num dos painéis do evento, Dan Goldberg, presidente da Telesat, quarta maior operadora de satélites do mundo, criticou os programas de alguns países latino-americanos que buscam ter seus próprios satélites de comunicações, caso da Argentina, Venezuela e Bolívia.

"Eu não acho que o lançamento de seus próprios satélites é uma boa coisa para a indústria", afirmou. "A História tem demonstrado que o setor comercial envolve um apoio fantástico para empregos na indústria de satélites. Eu gostaria que governos progressivos do mundo dessem uma passo para trás e analisassem se tais interferências são necessárias".

Thales Alenia Space o Spacebus NEO

Aproveitando o período do summit, e dentro de sua estratégia de reforçar a atuação no segmento comercial espacial, a franco-italiana Thales Alenia Space anunciou o lançamento da família de plataformas Spacebus NEO, uma atualização dos tradicionais modelos Spacebus, com mais de 80 unidades já contratadas e 500 anos de serviço acumulado em órbita. Segundo divulgado, "as novas plataformas oferecem tecnologias de última geração e estarão disponíveis em várias versões de propulsão, incluindo uma totalmente elétrica." O Spacebus NEO terá versões capazes de atender missões de comunicações de pequeno a grande porte.
.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SGDC: contrato para uso de banda X

.
Satélite de comunicação e defesa brasileiro será lançado em 2016

Brasília, 11/09/2014 - O Ministério da Defesa e a Telebrás assinaram nesta quinta-feira (11) contrato que autoriza o uso da banda X – voltada à comunicação militar – do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

Com previsão de conclusão para 2016, o novo satélite será o primeiro a ser 100% controlado por instituições brasileiras. Atualmente, os satélites que auxiliam a comunicação do país são controlados por estações de fora. [Nota do blog: esta informação é imprecisa. Os satélites que ocupam posições orbitais brasileiras devem, em tese, ser controlados por estações situadas em território brasileiro. Este é o caso dos satélites da Star One, que tem uma estação de rastreio e controle em Guaratiba, no Rio de Janeiro]

Quando estiver em órbita, o artefato terá uma banda de uso exclusivo militar, o que vai garantir segurança total nas transmissões de informações estratégicas do país.

“Esse é um momento histórico, em que o Brasil irá comandar seu satélite e usá-lo de forma estratégica”, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, durante a cerimônia de assinatura do contrato.

O general destacou que a novidade trará “vantagem enorme” para operações de proteção do país, como os projetos de implantação do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAz), a cargo da Marinha, e do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), sob execução do Exército Brasileiro.

O projeto de construção e controle do satélite também prevê transferência de tecnologia, o que dará ao Brasil o domínio desse tipo de conhecimento, que poderá ser disseminado nas mais diversas áreas - em especial, no meio da indústria de defesa.

Além disso, a banda ‘Ka’ do satélite facilitará a execução do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), levando comunicação de qualidade às regiões mais afastadas do Brasil, que ainda dependem da construção de rotas de fibra ótica para terem acesso à internet.

“É estratégico para a Telebrás fazer parte desse momento do país, de retomada do controle tecnológico, de operações de um satélite estratégico”, disse o presidente da empresa, Francisco Ziober. “Nós vamos levar cidadania às comunidades mais isoladas, por meio do satélite”, completou.

O investimento da área de Defesa no projeto será de R$ 489 milhões – o que equivale a 22% do custo total do satélite.

Fonte: Ministério da Defesa
.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

FAB: intercâmbio sobre operações espaciais nos EUA e Canadá

.

FAB participa de intercâmbio sobre operações espaciais nos Estados Unidos e Canadá

10/09/2014

O objetivo é promover o desenvolvimento e a autonomia nacionais por meio de tecnologias espaciais

Representantes da Força Aérea Brasileira (FAB) participam entre os dias 10 e 20 de setembro de um intercâmbio nos Estados Unidos e Canadá sobre operações espaciais. A atividade faz parte das ações do Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal (NuCOPE-P) e discutirá um acordo de compartilhamento de consciência situacional espacial, além de permitir o conhecimento da estrutura dos centros de operações espaciais. O objetivo é promover o desenvolvimento e a autonomia nacionais por meio do domínio de tecnologias sensíveis, com foco no setor espacial.

“A vastidão da área marítima e das nossas fronteiras faz com que os sistemas espaciais sejam a única solução tecnológica para comunicações e sensoriamento em grande parte do nosso território”, afirma o Comandante do NuCOPE-P, Coronel Hélcio Vieira Junior. O militar explica ainda que o acordo de compartilhamento possibilitará que a FAB possa desviar seus satélites de potenciais colisões com o chamado “lixo espacial” e otimizará os recursos humanos e financeiros ao utilizar soluções já testadas por outros países.

O intercâmbio compõe as atividades necessárias à criação e ativação do Centro de Operações Espaciais e do Centro de Operações Espaciais Secundário. Os Centros terão como missão controlar e empregar Sistemas Espaciais de interesse do Ministério da Defesa (MD) para aumentar a efetividade e a eficácia das Forças Armadas. Representantes da Marinha e do Exército também participam do evento.

Desde outubro de 2013, o NuCOPE-P desenvolve atividades para a implantação dos Centros de Operações Espaciais e capacitação profissional. Dois militares do Núcleo participam do programa de transferência e absorção de tecnologia do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, trabalhando na construção do equipamento que será lançado em 2016. “Isto permitirá que o NuCOPE-P possa operar o satélite com mais segurança, pois saberá detalhes sobre o seu funcionamento, além de capacitar o Brasil e ajudar a posicioná-lo em um seleto grupo de países que dominam o ciclo espacial”, explica o Comandante.

Fonte: FAB
.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

8º SEPP&D: inscrições abertas

.
Abertas as inscrições para o 8º SEPP&D do Instituto de Aeronáutica e Espaço

08/09/2014

Estão abertas as inscrições para o 8º  Seminário de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e Tecnologias Associadas a Veículos Espaciais (SEPP&D) que será realizado no dia 01 de outubro pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) em São José dos Campos – SP

O  SEPP&D se consolida como um fórum para disseminação das tecnologias desenvolvidas por meio dos projetos de pesquisa e desenvolvimento concluídos no ultimo ano e também para apresentar os avanços e dificuldades dos projetos em andamento. Os projetos são financiados com recursos da Ação 20VB da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Em sua oitava edição, o SEPP&D oferecerá apresentações orais e em forma de pôsteres dos trabalhos financiados pela AEB.

Ao longo das oito edições do SEPP&D houve dezenas de apresentações de trabalhos e palestrantes convidados, do Brasil e do exterior. A expectativa neste ano é de um público de 150 pessoas que poderão usufruir dessa oportunidade para trocar experiências e formar parcerias, contribuindo para maior aproximação com o setor produtivo e assim transpor obstáculos tecnológicos e fornecer subsídios necessários para avanços da área no Brasil.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site http://www.iae.cta.br/sepped a partir do dia 08 de setembro até o dia 28 de setembro.

Fonte: IAE/DCTA
.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Programa Espacial: orçamentos de 2014 e 2015

.
Apresentamos a seguir algumas informações resumidas sobre a execução orçamentária da Agência Espacial Brasileira (AEB) ao longo deste ano, e também as expectativas para 2015.

Execução orçamentária em 2014

A lei orçamentária de 2014 fixou um limite para a AEB de R$ 295,8 milhões, montante que foi posteriormente reduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em R$ 40 milhões, o que teve consequências (negativas) nas ações planejadas. Foi descentralizado aos órgãos executores (INPE) um total de R$ 126,5 milhões, cabendo à AEB a execução interna de R$ 169,3 milhões. Até o momento, a Agência executou R$ 102,9 milhões, cifra que representa aproximadamente 40% do limite orçamentário autorizado.

Previsão para 2015

Embora ainda sujeitos à alterações, especialmente se considerarmos o cenário eleitoral, os números preliminares para o ano que vem não são muito animadores. A AEB deverá contar com R$ 255 milhões, o que representa uma redução de cerca de R$ 40 milhões em relação ao último ano.

Existe, porém, uma possibilidade concreta de expansão do valor em R$ 40,7 milhões, com a destinação específica para o Programa de Absorção e Transferência de Tecnologia, no âmbito do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Vale mencionar que o pacote de transferência tecnológica associado ao SGDC, previsto em memorando de entendimentos assinado entre a AEB e a Thales Alenia Space em dezembro de 2013 é avaliado em cerca de US$ 80 milhões.

- Infraestrutura Espacial: a destinação prevista é de R$ 33,16 milhões, montante mínimo necessário para evitar a degradação da infraestrutura atual.

- Veículos Lançadores e Tecnologias Críticas: em matéria de lançadores, o projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) terá prioridade, buscando-se assegurar o seu voo de qualificação em 2016. A destinação prevista será de pouco menos de R$40 milhões. Os recursos necessários para a execução da missão do VLS-1 (VSISNAV) estão assegurados, no âmbito de um convênio firmado em 2012 entre a AEB e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP) (recursos originários da FINEP). O projeto de desenvolvimento do L75, um motor a propulsão líquida, também mereceu prioridade, e junto com outras tecnologias críticas, deve receber R$ 51,27 milhões.

- Satélites: a previsão é de R$ 95,78 milhões para o início o desenvolvimento do CBERS 4A, dando continuidade à segunda geração do projeto sino-brasileiro, conclusão do Amazônia-1, de observação terrestre, e também para o SABIA-Mar, missão conjunta com a Argentina.

- Infraestrutura do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA): haverá redução nos investimentos em 2015 para algo em torno de R$ 15 milhões, em razão principalmente das indefinições que rondam a binacional Alcântara Cyclone Space. A estimativa atual é de que hoje sejam necessários ao menos US$ 180 milhões para a finalização da infraestruturada associada ao sítio de lançamento do Cyclone 4.
.

Cooperação Brasil - China: estação da rede Beidou

.
Estação no ON fornece dados de satélites a brasileiros e chineses

Brasília, 8 de setembro de 2014 – Instalada no campus do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro, a primeira Estação Brasileira para Monitoramento do Sistema Chinês de Posicionamento por Satélites Beidou concretiza o acordo técnico-científico firmado entre a unidade de pesquisa e o Observatório Astronômico de Shanghai (Shao).

Denominada Rios Igmas Tracking Station, a estação fornecerá dados aos colaboradores chineses, para melhor monitorarem seu sistema em nosso lado da Terra, e propiciará aos pesquisadores brasileiros acesso a dados coletados continuamente.

Isso permite estudos inéditos relacionados a posicionamento e transferência de tempo/frequência por satélites, o mapeamento ionosférico e troposférico, além da comparação de diferentes constelações de sistemas de navegação global por satélite (GNSS) – GPS, Glonass, Galileo, Beidou.

Em agosto, foi instalado nas dependências da Divisão Serviço a Hora (DSHO) um conjunto de equipamentos (receptores GNSS, sensor meteorológico, contador de tempo/frequência, equipamentos de comunicação, antenas etc.) doados pelo Shao no valor de aproximadamente US$ 100 mil.

A instalação coube a uma equipe chinesa composta por três especialistas, com a participação de integrantes das divisões de Tecnologia da Informação e Serviço a Hora do ON – os tecnologistas Selma Junqueira e Pedro Senna Rocha, os técnicos Ozenildo Dantas e Cláudio Amaral e os profissionais Eduardo Matera e Eduardo da Costa Silva.

Fonte: ON, via Agência Espacial Brasileira.

Comentário do blog: no Brasil, também estão instaladas estações de calibração do sistema de posicionamento por satélite GLONASS, da Rússia. Em julho deste ano, foi assinado um acordo ampliando a cooperação com a Rússia nesse campo. Sobre o Beidou, recomendamos a leitura deste artigo do Prof. José Monserrat Filho.
.

domingo, 7 de setembro de 2014

SGDC: Visiona já planeja segundo satélite

.
Para presidente da Visiona, segundo satélite brasileiro deveria ser lançado antes de 2019

sexta-feira, 5 de setembro de 2014, 0h13 

O primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) deve ser lançado pela Visiona, joint-venture entre Telebras e Embraer, apenas em 2016, mas ele deve subir ao espaço com sua capacidade praticamente saturada. E justamente por isso, o ideal, na opinião do presidente da Visiona, Eduardo Bonini, seria começar a planejar a antecipação do lançamento do segundo satélite, inicialmente projetado para 2019. "O segundo SGDC, a meu ver, deveria já começar a ser planejado e lançado antes mesmo de 2019, porque esse primeiro já está mostrando capacidade saturada e vai ser lançado em 2016", diz.

O segundo SGDC será também, para Bonini, uma oportunidade para se aumentar a quantidade de conteúdo nacional presente no satélite. "Hoje o conteúdo nacional do SGDC é pouco representativo, mas pode ser maior no segundo. Precisamos criar o legado dos componentes que já existem, criar um histórico de voo para só poder entrar no mercado internacional. O chefe do Laboratório de Integracão e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Geilson Loureiro, é da mesma opinião. "A idéia é que os próximos satélites tenham cada vez mais conteúdo nacional. Por determinação do governo, estamos ampliando a estrutura física e os equipamentos de testes com um investimento estimado de R$ 170 milhões", conta Loureiro.

Bonini acredita que, até para justificar o investimento de R$ 170 milhões do projeto – que não é nada pra um projeto de satélite, mas que é sim muito significativo – é preciso haver mais conteúdo nacional nos satélites "para que possamos criar uma infraestrutura no Brasil e dar continuidade ao projeto", detalha. "Talvez a Anatel possa incluir mínimos de conteúdo nacional nas próximas licitações (de posições orbitais brasileiras), como ela já faz com as de frequência", sugere Loureiro.

Cronograma

De acordo com o vice-presidente da Thales Alenia Space, Joël Chenet, fabricante do SGDC, o cronograma do satélite segue dentro do esperado. Segundo ele, o tubo central, os painéis estruturais e as estruturas de fixação "já foram construídos e estão recebendo seus componentes eletrônicos".

Chenet também garantiu que o processo de transferência de tecnologia segue dentro dos prazos. "O primeiro passo foi colocar as pessoas para conhecer os sistemas satelitais de maneira geral, para depois começarmos o aprofundamento nos subsistemas. O objetivo principal é dar competência e tecnologias para dar autonomia ao Brasil em satélites de órbita baixa (LEO), como missões de observação, radar, controle de satélites, propulsão, integração e suporte".

Os executivos estiveram presentes no primeiro dia do Congresso Latino-Americano de Satélites, promovido no Rio de Janeiro pela Converge Comunicações, que edita esse noticiário.

Fonte: Teletime
.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cooperação Brasil - China: CBERS 4 e CBERS 4A

.
Brasil e China lançam satélite em dezembro e apostam na continuidade do Programa CBERS

Membros do JPC, sigla em inglês para Comitê Conjunto do Programa CBERS, discutiram o lançamento do CBERS-4, em dezembro, e a proposta de mais um satélite, o CBERS-4A, a ser lançado daqui a três anos.

O Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite) fornece dados para observação da Terra – as imagens dos satélites são usadas para monitorar desmatamentos e a expansão da agricultura e das cidades, entre outras aplicações.

A reunião do JPC aconteceu no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), nesta segunda-feira (1°/9) e foi coordenada pelo diretor Leonel Perondi e pelo presidente da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), Yang Baohua.

“Especialistas do INPE e da CAST têm trabalhado intensamente para lançar o CBERS-4 em 7 de dezembro. O transporte do satélite para a base está previsto para 15 de outubro”, informa Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr., coordenador do Segmento Espacial do Programa CBERS.

O CBERS-4 já foi submetido com sucesso aos testes elétricos e ambientais e, nos próximos dias, será realizado o teste elétrico sistêmico de longa duração (100 horas contínuas) em modo de simulação de voo. Ao final de todo este processo de testes será realizada a Revisão Final de Projeto (FDR, na sigla em inglês), prevista para a segunda quinzena de setembro.

CBERS-4A

O CBERS-4 foi projetado para uma vida útil estimada em três anos e um novo satélite irá garantir a continuidade do fornecimento de imagens. O CBERS-4A será equipado com cargas úteis fornecidas pelo Brasil e pela China - a divisão de responsabilidade no desenvolvimento do satélite será de 50% para cada país.

O Brasil deve fornecer as câmeras MUX e WFI – as mesmas dos CBERS-3 e 4 - e o Sistema de Coleta de Dados. O lado chinês propõe, em substituição às câmeras PAN e IRS, incluir uma nova câmera de alta resolução (HRC) e o instrumento óptico Aerosol Polarized Detector (APD).

“Algumas questões ainda devem ser discutidas, mas concluímos o estudo de viabilidade da missão CBERS-4A e geramos um documento que será encaminhado para as agências espaciais dos dois países para avaliação”, diz Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr.

Além do documento sobre o CBERS-4A, durante a reunião do JPC os representantes do INPE e da CAST decidiram criar um  grupo de trabalho conjunto para avaliar as alternativas para uma nova família de satélites de observação da Terra, visando a continuidade do Programa CBERS.

“Discutimos propostas preliminares para os satélites CBERS-5 e 6 e, também, uma possível cooperação para monitoramento ambiental com o uso de satélite SAR (Synthetic-Aperture Radar). Estas propostas serão apresentadas ao Grupo de Trabalho da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN) no final deste ano”, conclui Antonio Carlos.

Fonte: INPE
.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Thales Alenia Space no Congresso Latino-Americano de Satélites

.
Thales Alenia Space enfoca SGDC e transferência de tecnologia no Congresso Latino-Americano de Satélites

Transferências tecnológicas visam apoiar a expansão do Programa Espacial Brasileiro

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2014 – A Thales Alenia Space (TAS), um dos principais players europeus em telecomunicações, navegação, observação da Terra, exploração e infraestruturas orbitais, participará com destaque do Congresso Latino-Americano de Satélites, a ocorrer nos dias 4 e 5 de setembro, no Rio de Janeiro. A empresa vai apresentar com detalhes a trajetória de sucesso que a levou a vencer a concorrência internacional para fornecer o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), conforme contrato firmado com a Visiona (joint-venture entre a Embraer e a Telebrás) no fim de 2013.

“A Thales Alenia Space está absolutamente comprometida em entregar o SGDC dentro do prazo e especificações, transferir tecnologias para o Brasil a fim de participar do desenvolvimento contínuo das tecnologias brasileiras, atuando lado a lado para fortalecer a comunidade espacial brasileira como um todo. O SGDC é apenas o primeiro passo”, garante Joel Chenet, Vice-Presidente da Thales Alenia Space para o Brasil.

A TAS vai também integrar o painel ‘Localização, Rastreamento e Mobilidade via Satélite’, onde discutirá os sistemas e soluções autônomas de rastreamento e comunicação, sobretudo em grandes travessias aéreas e em regiões remotas.

"O SGDC foi um dos cinco maiores contratos do Grupo Thales no mundo em 2013. O Brasil é o epicentro do nosso hub latino-americano, onde estamos fortemente posicionados em todos os projetos de infra-estrutura para apoiar o país a incrementar a sua base industrial para atender ambos os mercados doméstico e internacional. A Thales já vem transferindo tecnologia para o Brasil no setor militar e a TAS é o parceiro natural dos países que querem expandir seus programas espaciais, como a Turquia, entre outros. Sobre o ToT, variadas empresas brasileiras de pequeno, médio e grande porte absorverão tecnologia, esta seleção está a cargo do Governo. O SGDC integra a estratégia do Brasil para reforçar a sua soberania e reduzir a exclusão digital por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL)", completa Julien Rousselet, Diretor Geral da Thales no Brasil.

Fonte: Thales
.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Após o VS-30, novas missões

.
O voo bem sucedido do foguete de sondagem VS-30 na noite da última segunda-feira (1º), dentro da Operação Raposa, representa uma boa notícia para o programa brasileiro de foguetes e lançadores, carente de novidades já há vários anos.

Como foi largamente noticiado, inclusive pela grande imprensa, a missão envolveu o ensaio de tecnologia de propulsão líquida, desenvolvida pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), em parceria com a Orbital Engenharia, de São José dos Campos (SP). Foi testado o Estágio Propulsivo Líquido (EPL), composto pelo motor L5 e por um sistema de alimentação (SAMF), e que funciona tendo oxigênio líquido e etanol como combustíveis.

Novas missões

Se tudo correr conforme o planejado, outras duas missões importantes podem acontecer dentro dos próximos meses, até meados de 2015: um lançamento do VS-40M, num ensaio envolvendo o projeto do Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), e um VSB-30, para experimentos em ambiente de microgravidade.

Aliás, sobre os projetos nacionais de foguetes e as próximas missões, vale a leitura da reportagem "Gravidade Zero", publicada na edição de agosto da Revista FAPESP. A matéria traz várias informações interessantes.
.

Operação Raposa: VS-30 voa com sucesso

.


LANÇADO COM SUCESSO O PRIMEIRO FOGUETE NACIONAL COM COMBUSTÍVEL LÍQUIDO

Brasília, 2 de setembro de 2014 – Foi realizado com sucesso na noite desta segunda-feira (1º) no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, o lançamento do foguete VS-30 V13, que teve como carga útil ativa um motor L5 movido a propelente líquido. A coordenação geral da operação é de responsabilidade do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O lançamento ocorreu às 23h02 e o voo do foguete durou três minutos e 34 segundos, tempo em que alcançou a área de segurança prevista para a operação. Durante o trajeto foram feitas a coleta de dados para estudos de um GPS de aplicação espacial desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e de um dispositivo de segurança para veículos espaciais, concebido no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

Também foi verificado todo o desempenho do veículo que teve o módulo de experimentos (carga útil) impulsionado pelo motor L5, durante 90 segundos, movido a oxigênio líquido e etanol. “Neste primeiro voo do Estágio Propulsivo Líquido verificou-se o bom funcionamento do motor pelo tempo previsto”, afirmou o coronel aviador Avandelino Santana Júnior, coordenador geral da Operação Raposa.

Segundo ele, o lançamento previsto para ocorrer na sexta-feira (29/8) foi adiado para que as equipes verificassem um problema de pressurização no sistema de abastecimento do veículo.

“Após os ensaios realizados no final de semana, decidimos transferir as atividades para o período da tarde desta segunda, culminando com o lançamento noturno a fim de solucionar dificuldades de abastecimento do Estágio Propulsivo Líquido (EPL) com oxigênio líquido. Não tenho dúvidas de que tiramos lições importantes com esta operação e que colocamos o Brasil num rol de países que detém tecnologia própria para operar veículos espaciais movidos a propelente líquido”, finaliza o coordenador.

Para o diretor do CLA, coronel engenheiro Cesar Demétrio Santos, o lançamento representou um salto evolutivo na missão da organização. “Com a Operação Raposa, o CLA alcança um patamar de importância estratégica ainda maior no conjunto do Programa Nacional de Atividades Espaciais.

Demos um passo essencial visando à operação de veículos espaciais movidos a combustível líquido, que permitem uma maior capacidade de carga e precisão de inserção em órbita, essenciais para atividades envolvendo o Veículo Lançador de Satélite (VLS) e sucessores”.

Recurso – A Operação Raposa, iniciada no último dia 12 de agosto, é financiada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e teve o apoio de esquadrões de transporte de carga e pessoal, helicópteros e patrulha marítima da Força Aérea Brasileira (FAB).

O IAE é o responsável pelo fornecimento, integração e treinamento das equipes no que se refere ao veículo, incluindo a carga-útil EPL L5 e o sistema de transmissão de dados. A empresa Orbital Engenharia é responsável pelo Sistema de Alimentação Motor Foguete (SAMF) e pela integração das redes elétricas, juntamente com a equipe do IAE.

O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) participou da operação com trabalhos de coleta de dados em voo por meio de uma estação móvel de telemetria. O CLA se responsabiliza pelo lançamento, rastreio, coleta de dados, segurança de superfície e voo. Outra participação importante é do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), que responde pela verificação da calibração dos instrumentos.

A Marinha do Brasil (MB) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) realizaram a interdição do tráfego marítimo e aéreo na região, respectivamente, condição importante para o sucesso da operação.

Fonte: AEB / CLA.
.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Lançamento de foguete de treinamento no CLBI

.
CLBI LANÇA FTB COM SUCESSO

01/09/2014

Na última quinta-feira (27/08), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) lançou, com êxito, mais um Foguete de Treinamento Básico, na Operação Barreira 10. O foguete, que possui 3 metros de comprimento e alcançou 30km de altura, serve para o treinamento das equipes e dos meios operacionais.

“A forma como lançamos um foguete pequeno, é a mesma que utilizamos em uma campanha maior. Este lançamento serviu para treinarmos a operacionalidade dos recursos humanos e da equipagem para os próximos lançamentos”, explica o Diretor do Centro, Coronel Maurício de Lima Alcântara.

O próximo lançamento do CLBI deverá ser um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), durante o IV Fórum de Pesquisa e Inovação, que acontece de 29 de setembro a 3 de outubro, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Fonte: DCTA
.