sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ainda sobre o balanço da indústria aeroespacial

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Apesar da crítica do presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) (leiam a postagem "Balanço da indústria aeroespacial em 2008"), o resultado em termos de receita da indústria espacial em 2008 não foi tão ruim se comparado aos anos anteriores.

Em 2005, a receita da indústria aeroespacial no Brasil foi de US$ 4,3 bilhões, com o segmento espacial respondendo por 0,24%, aproximadamente uS$ 10,3 milhões. No ano seguinte, 2006, a receita total se manteve em cerca de US$ 4,3 bilhões, mas a participação da indústria espacial aumentou para 0,41% (US$ 17,63 milhões). Em 2007, de US$ 6,2 bilhões, o segmento espacial respondeu por 0,4%, aproximadamente US$ 24,8 milhões. Já no ano passado, a indústria espacial atingiu o percentual de 0,57%, cerca de US$ 45 milhões. Os resultados de 2008 foram muito influenciados por contratos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), relacionados aos satélites CBERS 3 e 4, e ao Amazônia-1.

Embora seja muito pequena, analisando-se a receita por segmentação em cada ano, percebe-se que um crescimento contínuo da fatia da indústria espacial.

Muitas das críticas feitas pelo setor industrial espacial ao Programa Espacial Brasileiro são justas (contratos do CBERS transferidos para a China, atuação da FUNCATE, ACDH, etc.), mas a Agência Espacial Brasileira, o INPE e os programas de cooperação internacional não devem ser vistos como "vilões" absolutos. Em algumas críticas, a indústria como um todo tem lá a sua culpa (a novela do ACDH, por exemplo).

Gostem(os) ou não, no momento o programa CBERS (cooperação internacional com a China) garante boa parte das atividades (e dos empregos) da maioria das indústrias espaciais brasileiras.
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