quinta-feira, 21 de junho de 2012

Avanços chineses na Venezuela e Bolívia


Na Venezuela, VRSS-1 em órbita no final de setembro...

O VRSS-1 (Venezuelan Remote Sensing Satélite), também conhecido como Francisco Miranda, primeiro satélite de observação da Venezuela, pode ser colocado em órbita já a partir de 30 de setembro, segundo divulgou o governo venezuelano.

"O satélite conta com três sementos e dentro de poucos dias será lançado... A data está programada para 30 de setembro aproximadamente ou para os primeiros dias de outubro... Estamos lançando... 53 profissionais estão capacitando o pessoal venezuelano", afirmou representante do governo em entrevista concedida ao jornal local "El Universal".

O satélite está sendo construído pela China Great Wall Industry Corporation (CGWIC), da China, dentro de um contrato turn key (entrega em funcionamento em órbita) no valor de 140 milhões de dólares. A CGWIC foi também responsável pela construção e entrega em órbita do primeiro satélite de comunicações da Venezuela, o Venesat-1 (ou Simon Bolívar), lançado em outrubro de 2008.

...E na Bolívia, 33% do Tupac Katari já foi concluído

A estatal CGWIC também é responsável pela construção do primeiro satélite de comunicações da Bolívia, similar ao modelo adquirido pela Venezuela. O satélite boliviano, que se chamará Tupac Katari, já teve 33% de sua construção concluída, segundo informações da Agência Boliviana Espacial (ABE), reproduzidas pelo website Infoespacial.

"Temos que informar à opinião pública que o cronograma está sendo cumprido, o lançamento do satélite está previsto para 20 de dezembro de 2013 e se avançou em torno de 33% [de sua execução]", explicou Iván Zambrana, diretor da ABE.

O Tupac Katari, também contratado em base turn key, em 2010, tem custo estimado em 300 milhões de dólares, dos quais 250 milhões estão sendo financiados pelo Banco de Desenvolvimento da China.

Paralelamente à construção do Tupac Katari, os bolivianos já consideram um segundo satélite, para observação terrestre, seguindo o exemplo venezuelano. O satélite, de órbita baixa, seria utilizado para o monitoramento dos recursos naturais, numa iniciativa que poderia ser desenvolvida, segundo afirmou o representante da ABE, em conjunto com o Japão.

Órgãos governamentais e indústrias japonesas ligadas ao setor espacial visitaram vários países sul-americanos, inclusive o Brasil, no ano passado, em esforços para projetos conjuntos de cooperação e prospecção de negócios.

"O novo satélite é apenas uma ideia no papel, enão se tem o valor aproximado de quanto pode custar um satélite dessa natureza", afirmou o diretor da ABE, destacando, no entanto, que seu custo seria inferior ao do projeto do Tupac Katari.

Colômbia e Peru também querem satélites próprios

Em linha com o processo de "satelitização" do continente sul-americano, os governos da Colômbia e do Peru também têm demonstrado interesse em contar com satélites de observação, juntando-se ao Brasil, Argentina, Chile e Venezuela, que já dispõem e/ou desenvolvem projetos nesse campo. Eventualmente, surgem na imprensa local desses dois países informações sobre discussões para a aquisição de pequenos satélites junto à companhias europeias.
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