segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ariane 6, o futuro lançador europeu

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Os últimos dias tiveram importantes notícias envolvendo o espaço, como o primeiro voo de testes da nave norte-americana Orion e, particularmente para o Brasil, o bem sucedido lançamento do CBERS 4.

Outro importante acontecimento, que terá importantes reflexos futuros no mercado comercial de lançamentos de satélites, se deu na reunião da comissão ministerial da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) em Luxemburgo, entre os dias 2 e 3, com a aprovação de uma resolução de acesso europeu ao espaço oficializando o desenvolvimento do futuro Ariane 6, assim como de uma nova versão do lançador italiano Vega.

Os países membros da ESA concordaram em investir 8,2 bilhões de euros ao longo de dez anos em programas de lançadores, com pouco mais da metade destinado ao Ariane 6, que deve estar operacional em 2020. Será um foguete de três estágios com capacidade de satelitização em órbita de transferência geoestacionária de 3.5 a 6.5 toneladas, dependendo da configuração.

Quando operacional, terá duas configurações: uma com dois e ou outra com quatro strap-on boosters (numa tradução apressada, algo como propulsores acoplados ao corpo principal) de combustível sólido. O propulsor, denominado P120, será desenvolvido dentro do programa e também equipará no futuro o primeiro estágio do Vega.

Joint-venture da Airbus e Safran

Em concerto com a decisão sobre o Ariane 6, os grupos europeus Airbus e Safran anunciaram em 3 de dezembro a criação da joint-venture (JV) Airbus Safran Launchers, oficializando o memorando de entendimentos firmado em junho.

Com um número inicial de 450 empregados e começando suas operações em 1º de janeiro de 2015, a Airbus Safran Launchers estará envolvida na industrialização do Ariane 5, além de trabalhar numa nova família de veículos lançadores para "manter a posição de liderança da Europa na indústria espacial". A formalização da JV marca a fase inicial da transação. Num segundo momento, todas as atividades do grupo Airbus e da Safran relacionados a veículos lançadores serão integrados à nova empresa, o que deverá também gerar outros movimentos de consolidação industrial no setor espacial europeu.

Ariane 5: sexta missão bem sucedida de 2014

E por falar em Ariane 5, confirmando o seu status do lançador mais confiável disponível no mercado, voou com sucesso no último dia 6 a sua sexta missão do ano, lançada a partir da Guiana Francesa, com dois satélites de comunicações a bordo.

Este foi o 63º  lançamento consecutivo bem sucedido deste modelo, comercializado e operado pela Arianespace, e escolhido para levar ao espaço o futuro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), no final de 2016.
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